segunda-feira, 15 de julho de 2019

Morfossintaxe (Sujeito e predicado) - Aula teórica

Morfossintaxe
Quando falamos em análise sintática, estamos nos referindo à reflexão das funções que as palavras exercem em determinada oração. Sabemos que, na morfologia, cada palavra pertence a um grupo específico, ou seja, substantivo, adjetivo, artigo, verbo, preposição e outras. Assim, a palavra casa será sempre um substantivo, qualquer que seja a oração em que ela apareça.
Já na sintaxe, a palavra assume funções diferentes de acordo com a combinação de palavras na oração.
Veja a palavra casa nas orações que seguem:
- Minha casa está pronta. (casa faz parte do sujeito Minha casa)
- Meu pai comprou uma casa nova para nós. (casa é faz parte do objeto direto uma casa nova)
- Eu moro naquela casa. (casa faz parte do adjunto adverbial de lugar naquela casa)

Sujeito e Predicado
O sujeito é o assunto sobre o qual se fala na oração.
Ex.: Meus irmãos estudam à tarde. (assunto da oração: Meus irmãos)
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. O verbo da oração sempre faz parte do predicado.
Ex.: Meus irmãos estudam à tarde. (informação sobre o sujeito: estudam à tarde)

Tipos de Sujeito
De acordo com a forma como o sujeito se apresenta na oração, podemos verificar a ocorrência de quatro tipos distintos, além de existir orações sem sujeito.

a) Sujeito Simples: quando o sujeito está escrito na oração e apresenta apenas um núcleo (palavra mais importante).
Ex.: Minhas melhores amigas viajaram para a Alemanha.
Sujeito: Minhas melhores amigas
Núcleo: amigas

B) Sujeito Composto: quando o sujeito está escrito na oração e apresenta dois ou mais núcleos.
Ex.: Joaquim e seu irmão trabalham bastante.
Sujeito: Joaquim e seu irmão
Núcleo: Joaquim, irmão

c) Sujeito Oculto (Desinencial / Elíptico): quando o sujeito não está escrito, mas pode ser identificado por meio da desinência (terminação) verbal.
Ex.: Fui ao cinema ontem.
Sujeito: (eu), pois usamos a forma verbal fui. - sujeito oculto
O sujeito também é oculto quando se refere a um termo já citado anteriormente.
Ex.: José e seus amigos são inseparáveis. Viajam sempre juntos, são companheiros e se divertem bastante.
No primeiro período, sabemos que o texto fala sobre José e seus amigos. Assim, no segundo período, o sujeito das orações não é oculto, pois mesmo não aparecendo escrito, já foi citado anteriormente.

d) Sujeito Indeterminado: quando o sujeito não está escrito na oração e não pode ser identificado pela terminação verbal. Apresenta-se de duas formas:
- com o verbo na 3ª pessoa do plural: Roubaram meu carro.
- com o verbo na 3ª pessoa do singular, seguido da partícula se: Precisa-se de vendedores.
Atenção:
Dois casos com a partícula SE:
1º Caso:
VTD → Vende- se casa (sing.) / Vendem-se casas (plural)→Sujeito Simples: casa/casas.
Nesse caso, a partícula SE é pronome apassivador, assim admite-se o plural e a transformação
da voz ativa em passiva.






2º Caso:
VTI (com preposição): Necessita-se de carinho→ Sujeito indeterminado
VI: Sonha-se demais → Sujeito indeterminado
Nesses dois casos, temos a partícula SE como índice de indeterminação do sujeito, por isso, o sujeito é indeterminado.

e) Oração sem Sujeito (Sujeito Inexistente) é formada apenas pelo predicado e  articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:







É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal.
Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:

a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer etc.
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Atenção: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito
determinado.
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito)
Já amanheci cansado. (eu = sujeito)

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Estar
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente. (Temperatura)
Fazer
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo haver significando existir)
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)


Tipos de Predicado
De acordo com o tipo de informação (ação ou estado do sujeito) expressa no predicado, ele pode se apresentar de três formas:

a) Predicado Nominal: quando expressa um estado do sujeito. É formado de verbo de ligação, que liga o sujeito à característica do sujeito, e predicativo do sujeito, característica do sujeito, principal informação do predicado.
Ex.: Lucas está doente.

b) Predicado Verbal: quando expressa uma ação do sujeito. É formado por um verbo significativo, que pode ser intransitivo ou transitivo. Nesse último caso, o verbo é acompanhado pelo objeto, que completa seu sentido.
Ex.: O bebê acordou.
Júlia comprou sapatos novos.

c) Predicado Verbo-Nominal: quando expressa uma ação e um estado do sujeito. É formado por um verbo significativo (transitivo ou intransitivo) e um predicativo do sujeito.
Ex.: Marcos chegou à escola atrasado.


Predicação Verbal
De acordo com o sentido expresso pelos verbos, eles podem ser:

a) Ligação: utilizados no predicado nominal, expressam estado do sujeito.
Ex.: Lúcia é muito inteligente.
Meu pai continua doente.
João anda nervoso ultimamente.

b) Intransitivos: usados nos predicados verbal ou verbo-nominal, têm seu sentido completo e não necessitam de um complemento para que se entenda a ação por eles
Ex.: A plantinha morreu por falta de água. (Mesmo sem dizer a causa – por falta de água -, é possível entender a ação do verbo – morrer)

c) Transitivos Diretos: empregados nos predicados verbal ou verbo-nominal, não têm sentido completo, e precisam de um complemento, chamado de objeto direto, ao qual se ligam sem a necessidade de uma preposição.
Ex.: Garfield adora lasanha. (adora: verbo transitivo direto; lasanha: objeto direto)

d) Transitivos Indiretos: utilizados no predicado verbal, não têm sentido completo, e precisam de um complemento, chamado de objeto indireto, ao qual se ligam por meio de uma preposição.
Ex.: Soninha gosta de chocolate. (gosta: verbo transitivo indireto; de chocolate: objeto indireto)

e) Transitivos Diretos e Indiretos: quando necessitam de dois complementos, um objeto direto e um objeto indireto.
EX.: Minha mãe deu um relógio para meu pai. (deu: verbo transitivo direto e indireto; um relógio: objeto direto; para meu pai: objeto indireto)

Termos Ligados ao Verbo

A) Objeto Direto
Complemento que se liga ao verbo, sem preposição.
EX: A professora encontrou o livro = Objeto Direto

B) Objeto Indireto
Complemento que se liga ao verbo por meio de preposição.
EX: A professora precisa de silêncio = Objeto Indireto

C) Adjunto Adverbial
O adjunto adverbial é uma palavra ou expressão que amplia o sentido de um verbo, indicando circunstâncias de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, dúvida etc.
Ex.: Moro em Bauru desde 2006. (em Bauru: adjunto adverbial de lugar; desde 2006: adjunto adverbial de tempo)

D) Agente da Passiva
Termo da oração que exprime quem pratica a ação, quando o verbo estiver na voz passiva.
EX: A árvore foi cortada pelo bombeiro. = Agente da passiva

Termos Ligados ao Nome

A) Adjunto Adnominal
Termo da oração que modifica um substantivo, caracterizando-o ou determinando-o.
EX: A minha primeira professora encantadora morreu ontem.



Como observamos, os adjuntos adnominais estão ligados ao núcleo PROFESSORA(substantivo).

Assim, podem ser adjuntos adnominais: artigos, numerais, adjetivos, pronomes e locuções adjetivas.

B) Complemento Nominal
Termo da oração que completa o sentido dos nomes (substantivo, adjetivos e advérbios), aparecendo sempre com preposição.
EX: Isto é prejudicial à saúde. = Complemento Nominal

C) Predicativo do Sujeito (PS)
Termo que atribui características ao sujeito da oração.
Ex: O dia amanheceu chuvoso.
=> PS, pois atribui característica a palavra dia (SUJEITO)

d) Predicativo do Objeto (PO)
Termo que atribui características ao objeto.
Os policiais encontraram a casa vazia.
=> PO, pois atribui característica a palavra casa (OD)

E) Aposto
Termo da oração que explica, identifica, esclarece ou resume o nome ao qual ele se refere (substantivo, pronome, ou outro)
Li um livro sobre Rui Barbosa, o Águia de Haia. (Aposto explicativo)
A poluição, o lixo, as indústrias, tudo prejudica o meio ambiente. (Aposto resumidor)

F) Vocativo
Termo da oração que se refere a um interlocutor (pessoa com quem se conversa)
- Professora, eu preciso de sua orientação.

Análise Tradicional




Sujeito Simples (SS) = As meninas encantadoras
Núcleo do Sujeito (NS) = meninas
adjunto adnominal (a.a.) = as
Predicado Verbal (PV) = compraram cadernos novos ontem
Núcleo do Predicado (NP) = compraram (VTD)
Objeto Direto (OD) = cadernos novos
Núcleo do Objeto Direto (NOD) = cadernos
Adjunto adnominal do OD = novos
Adjunto Adverbial (AA) = ontem

Questões
1. (UNIFOA-RJ) Leia o quadrinho a seguir e responda.

No quadrinho, temos um mesmo sujeito em um fenômeno denominado correferencialidade,
ou seja, ele aparece em um primeiro momento e se repete nos casos seguintes. Estamos falando
da palavra __________________ que pode ser classificado nos quadrinhos seguintes como
_______________________.
a) Elevador / sujeito indeterminado
b) Zelador / sujeito indeterminado
c) Elevador / sujeito desinencial
d) Elevador / sujeito inexistente
e) Zelador / sujeito elíptico

2. (UFRJ) "Muitos remédios ainda são vendidos sem controle"; uma outra forma igualmente correta e
mais clara de veicular-se o mesmo conteúdo da frase destacada é:
a) Ainda se vende muitos remédios sem controle;
b) Vendem-se ainda muitos remédios sem controle;
c) Muitos remédios sem controle ainda são vendidos;
d) Vende-se muitos remédios ainda sem controle;
e) São vendidos sem controle ainda muitos remédios.

3. (VUNESP) “Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. ”
Nas orações que compõem os dois períodos transcritos, os termos destacados exercem a função de:
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicativo do sujeito.
e) predicativo do objeto.

GABARITO: 1.A, 2.B, 3.B.

Acentuação - aula teórica

Você precisa saber que:
1- Cada palavra só tem uma sílaba tônica (forte);
2- As sílabas pronunciadas com menor intensidade são chamadas de átonas;
3- Ditongo é o encontro de dois elementos vocálicos na mesma sílaba: his - tó - ria
4- Hiato é o encontro de dois elementos vocálicos, mas em sílabas diferentes: sa-ú-de
5- Tritongo é o encontro de três vogais na mesma sílaba: Pa – ra -guai
6- As palavras classificam-se, quanto ao número de sílabas, em: monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba.

Classificação das Palavras Quanto à Tonicidade:

MONOSSÍLABA TÔNICA → pá, pé (uma sílaba pronunciada fortemente)
OXÍTONA → sofá - café (última sílaba tônica)
PAROXÍTONA → série – fácil (penúltima sílaba tônica)
PROPAROXÍTONA → ônibus – tônica (antepenúltima sílaba tônica)

Regras Gerais

a) acentuamos as monossílabas terminadas em:
A (S) → pá, fá, lá
E(S) → pé – fé
O(S)→ nós – vós – dó
DITONGO ABERTO → céu – dói -
Atenção:
As palavras monossílabas tônicas seguidas de pronomes obedecem às mesmas regras:
EX: dá-lo / vê-lo / lê-las

b) acentuamos as oxítonas terminadas em:
A (S) → sofá - Amapá - Boitatá
E(S) → você – Taubaté – sapé
O(S) → carijós – bisavô – cipó

DITONGO ABERTO (EU, EI, OI )→ chapéu – coronéis - corrói -
EM, ENS → também- além - armazéns – reféns
Atenção:
1- As palavras oxítonas seguidas de pronomes obedecem às mesmas regras:
EX: acordá-lo / escrevê-lo / lavá-las
2- As oxítonas terminadas em i e u, precedidas de ditongo, serão acentuadas:
EX: Piauí, tuiuiú

c) acentuamos as paroxítonas terminadas em:
L .........................Fácil Difícil Útil
I(is)...................... Íris Lápis Júri
N...........................Pólen Hífen
U (us, um, uns).....Vírus Álbuns Álbuns
R...........................Caráter Revólver
X...........................Tórax Látex
ÃO (aos, ã, ãs)...... Órfão Órfãos Ímã
PS.......................... Bíceps Fórceps
EI............................ Vôlei Pônei
DITONGO CRESCENTE......... Ciências Série

Atenção: Os ditongos abertos tônicos das paroxítonas não são acentuados, de acordo com o NOVO Acordo Ortográfico.
Exemplos: I- dei-a / as-sem-blei-a / ge-lei-a


d) acentuamos todas as proparoxítonas
Árvore – pêssego – índice – termômetro


Regras Complementares
a) Segunda vogal do hiato → I – U
Acentuamos os I e U que formam hiatos, sozinhos ou acompanhados de S.
Ex: dis- tra- í- do / sa- ú- de / ba – la - ús - tre
Atenção: Não são acentuados os I e U:
⇒ Quando seguidos de NH: ra-i-nha / ba-i-nha
⇒ Precedidos de ditongo: bai – u - ca

b) Acento diferencial
1- PÔDE (pretérito perfeito do indicativo) X PODE (presente do indicativo)
Eu fiquei incomodada, por isso ele não pôde ficar com o livro. (Pretérito)
Eu não me importo, ele pode ficar com o livro. (Presente)

2- Pôr (verbo) x por (preposição)
Pôr (verbo) Você deve PÔR os livros na estante.
Por (preposição) Você veio POR qual caminho?

3- TER, VIR e derivados:
Singular Plural
Ele tem duas casas Eles têm duas casa
Ele vem de São Paulo Eles vêm de São Paulo
Ele mantém a palavra. Eles mantêm a palavra.

Não se acentuam:
1- U tônico precedido de g ou q e seguido de e ou i, com ou sem s:
Ex: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques etc.
2- DITONGOS -EI ou -OI da sílaba tônica das palavras paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, comboio, heroico, jiboia, paranoico etc.
3- O PRIMEIRO E DO HIATO EEM dos verbos crer, dar, ler e ver.
creem, deem, leem, veem - e de seus compostos - descreem, desdeem, releem,
reveem etc.
4- -I e –U TÔNICOS precedidos de ditongo:
baiuca, feiura, bocaiuva etc.
5- O PRIMEIRO O DO HIATO OO, seguido ou não de -s:
abençoo, enjoo, coroo, perdoo, voo (de voar).


1. (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau
b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás
c) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço
d) órfão, afável, cândido, caráter, Cristovão
e) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo
GABARITO: 1.B.

Crase - Aula teórica

Crase

A crase é a fusão da preposição a com os artigos a ou as, representada pelo acento grave. Ou seja, é a junção de vogais idênticas. Tanto a preposição, quanto o artigo feminino têm o mesmo som vocálico, o que resulta na necessidade do acento.
Portanto, para saber se realmente ocorre a aplicação deste acento, é importante verificar se a palavra que antecede do artigo a pede a preposição a.

ACESSO À REDE WIFI



Observe a imagem ao lado. Quem tem acesso, tem acesso a algum lugar ou a alguma coisa. Logo, o substantivo acesso rege a preposição a.






O mesmo ocorre em:
Cheguei à escola e estava fechada.
em que chegar rege a preposição a, e escola antecede de artigo feminino a.

Também ocorre crase em:

1. Nas locuções femininas:
Às vezes, me sinto triste.
Vire à esquerda e depois à direita.
Volto à noite.
Saíram às pressas.
Deitaram à sombra.
Sairemos às dez horas.

2. Nas expressões à moda (de), à maneira (de), mesmo que subtendidas.
Escreve num estilo à Machado de Assis. (à moda de Machado de Assis).
Coemos um filé à moda da casa, e um arroz à grega. (à maneira grega).

3. Em pronomes demonstrativos, tais como aquele(s), aquela(s), aquilo, desde que haja fusão com artigo a.
Aspiro àquela vaga. (Aspiro a aquela vaga).
Responda àquele formulário. (Responda a aquele formulário).

4. Antes de nomes próprios femininos.
Entreguei à Manoela.
Vou à China nas próximas férias.

Dica!!!
Para saber se ocorre a crase, tente substituir a palavra feminina que ocorre depois do a por uma palavra masculina correspondente. Caso apareça ao ou aos diante da palavra masculina, realmente há crase.

Não se usa crase em:

1. Antes de verbos:
Os meninos começaram a gritar.
Tenho muitas coisas a fazer.

2. Antes de substantivo masculino:
Não gosto de escrever a lápis.
Não ouse contar a ninguém.
Comida a quilo é mais cara.

Questões: 
1. (ITA) Analisando as sentenças:
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II. Não fale tal coisa as outras.
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse.
Podemos deduzir que:
a) As sentenças III e IV não têm crase.
b) Todas as sentenças têm crase.
c) Apenas a sentença IV não tem crase.
d) Apenas a sentença III não tem crase.
e) Nenhuma sentença tem crase.

2. (FUVEST) Indique a forma que não será utilizada para completar a frase seguinte:
“Maria pediu ......psicóloga que .....ajudasse.....resolver o problema que.....muito.....afligia.”
a) pronome pessoal feminino. (a)
b) contração da preposição a e do artigo feminino a. (à)
c) artigo feminino. (a)
d) preposição. (a)
e) verbo haver indicando tempo. (há)

3. (ESAN) Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Ele parecia entregue à tristes cogitações.
c) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
d) Puseram-se à discutir em voz alta.
e) Dia à dia, a empresa foi crescendo.

GABARITO: 1. D, 2.C, 3.A.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Morfologia (Advérbio) - Aula teórica

Advérbio

Palavra que, essencialmente, modifica o verbo, exprimindo determinada circunstância
(tempo, modo, negação, intensidade etc.). Alguns advérbios também modificam adjetivos ou advérbios.

Chegamos cedo.
Choraram muito.
Eram meninos muito bonitos.
Nós chegaremos bastante tarde.

O que é  uma locução adverbial
É um conjunto de palavras, geralmente formado por preposição mais substantivo, adjetivo ou advérbio: à direita; à esquerda; frente a frente; de repente;

Classificação dos advérbios

Circunstâncias:
- afirmação: sim, certamente, com certeza
- dúvida: talvez, possivelmente, quiçá
- intensidade: muito, pouco, bastante, demais, menos, tão
- lugar: aqui, ali, aí, cá, perto, abaixo, acima, adiante
- tempo: agora, nunca, de repente, amanhã
- modo: bem, mal, depressa, devagar, alegremente
- negação: não, tampouco, de maneira alguma

* Advérbios interrogativos (indicam circunstâncias de causa, lugar, tempo e modo)
Por que você não muda sua rotina?
Onde está a verdade?
Quando seu filho retorna?
Como você está?

Flexão de grau

- Comparativo:

a) de igualdade: tão quanto / como
Falava tão bem como o professor.

b) de superioridade: mais que / do que
Ele chegou mais cedo que o colega.

c) de inferioridade: menos que / do que
Eu caminhava menos apressadamente que minha filha.

- Superlativo:
a) sintético: Chegamos cedíssimo.
b) analítico: Chegamos muito cedo.

Emprego do advérbio
- Quando se coordenam vários advérbios terminados em –mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último: Estava dormindo calma, tranquila, serenamente.
- Antes de particípios não se devem usar as formas melhor, pior; e sim as formas mais bem, mais mal:
Aquelas candidatas estavam mais bem preparadas que as outras.
- podem ser acrescidos os sufixos –inho e –zinho, mas o sentido intensifica o advérbio.
Chegamos cedinho. (muito cedo)

Palavras e locuções denotativas: São palavras que se assemelham a advérbios, não pertencem a nenhuma classe de palavras, de acordo com a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira):
- inclusão: inclusive, também;
- exclusão: apenas, salvo, exceto;
- explicação: isto é, ou seja, por exemplo, a saber;
- situação; afinal, então.

Para estudar mais:

LIVRO:
ILARI, Rodolfo. Introdução a estudo do léxico: brincando com as palavras. São Paulo: Contexto, 2002.

Questão
Questão de vestibular: UNESP – 2015
Observando as seguintes passagens do texto apresentado, marque a alternativa em que as duas palavras em negrito são utilizadas como advérbios:
(A) “não correr o risco de ser surpreendido”.
(B) “finge possuir energias que realmente não tem”.
(C) “deve-se fazê-lo decidida e folgadamente”.
(D) “nunca levar a cabeça para trás”.
(E) “forte no restante da prova, sempre procurando dosar”.

Resposta: C

Divirta-se...

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Morfologia (Artigo e numeral) - Aula teórica

Artigo e Numeral

Família
Três meninos e duas meninas
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo. [...]
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: obra completa. Rio de
Janeiro: José Aguilar, 1967. p. 69.

Essa é a primeira estrofe do poema “Família”, de Drummond, no qual ele expressa o retrato de uma época, de uma sociedade, inseridas em um contexto discursivo. Para isso, o eu lírico utiliza essencialmente palavras determinantes para os substantivos: o gato, as galinhas gordas, a mulher, pois ele está especificando, individualizando o substantivo. Essas palavras são os ARTIGOS.
Há também a determinação que indica a quantidade, as quais são classificadas como NUMERAIS, “Três meninos, duas meninas”.
Tanto o artigo quanto o numeral são classes de palavras que se relacionam com o substantivo.




UM – numeral e UM – artigo 
O telefone do escritório e do banco são idênticos, com exceção de um algarismo.
Se for possível acrescentar as palavras SÓ, ÚNICO depois do um, será numeral. 
Impossível esquecer um passeio de barco em Veneza. = Artigo indefinido.


Questões

1. (PUC-RJ) Em qual frase há erro quanto ao uso do artigo?
a) Nem todas opiniões são valiosas.
b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) Leu todos os dez romances do escritor.
d) Andou por todo Portugal.
e) Todas cincos, menos uma estão corretas.
2. (UFAM) Identifique o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses:
a) Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua falada.
b) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do Alferes, em Aparecida.
c) Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um).
d) O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí a mão.
e) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da Primeira Guerra Mundial, foi canonizado em 1954
GABARITO: 1.A, 2.B.

Morfologia (Pronomes) - Aula teórica

Pronomes

Veja esta tirinha:


Imagem relacionada
Fonte: VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre:L&PM, 1997.

Esse texto faz parte de uma das questões do Enem de 2011. O diálogo entre as cobras aborda, de forma humorada, o uso do pronome. Mas, cremos que não precisamos abordá-lo, basta entender seu uso adequado de acordo com a situação de comunicação.
A questão era esta: O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
C) gera inadequação na concordância com o verbo.
D) gera ambiguidade na leitura do texto.
E) apresenta dupla marcação de sujeito.

É comum utilizarmos as expressões: “Vamos arrasar eles”, “Vou buscar elas na escola” ou “Vou amar ela para sempre”. Porém, não é adequado, de acordo com a norma culta, usar o pronome dessa maneira, pois cada pronome tem sua função para exercer.
Na questão, temos o emprego do pronome “eles”, mas a função é de complemento do verbo e não a de sujeito. Portanto, a utilização adequada seria a do pronome oblíquo, como aparece no primeiro quadrinho.

Preste atenção no conceito, na classificação e nos exemplos:
PRONOME => é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, determinando a
significação.


Pessoas gramaticais: 

1ª pessoa – pessoa que fala ou escreve
2ª pessoa – pessoa que ouve ou lê
3ª pessoa – pessoa (ou coisa) a respeito da qual a 1ª fala ou escreve


1. Pronomes pessoais: substituem as pessoas gramaticais; podem exercer as funções sintáticas de sujeito ou complemento.


Fique atento!
a) eu e tu => só exercem função de sujeito: O professor trouxe a prova para eu revisar.
mim e ti => só exercem a função de complemento: O professor trouxe a prova para mim.



b) ele / ela (s) => são pronomes oblíquos, quando precedidos de preposição: Você nunca concordou com ele.
c) uniformidade no tratamento:

Quero falar contigo para te contar a novidade.

Quero falar com você para lhe contar a novidade.


d) Os pronomes de tratamento fazem parte dos pronomes pessoais, já que são palavras ou expressões utilizadas para as pessoas com quem se fala. São, portanto, pronomes de 2ª pessoa, EMBORA, sejam empregados com verbo na 3ª pessoa.
O pronome VOCÊ é usado em situações informais, substituindo o pronome TU.

2- Pronomes Possessivos: referem-se a um substantivo para indicar uma ideia de posse em relação às três pessoas gramaticais.


Preste atenção:

a) Os possessivos seu, sua, seus e suas podem provocar ambiguidade. É necessário deixar a informação do referente clara no texto.
Ana, diga a João que aceito seu convite. (Convite de quem: de Ana ou de João?)
Ana, diga a João que aceito o convite dele.

b) Os possessivos seu, sua, seus e suas são utilizados nos pronomes de tratamento:
Vossa Senhoria tem a intenção de mudar seus planos?

3- Pronomes demonstrativos
Observe o texto a seguir, que foi uma das questões no Enem de 2014.

Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal — eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo — também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério … mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar. LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Algumas palavras estão destacadas, entre elas, NISSO e ESSA. Elas desempenham um papel fundamental para o entendimento do texto, pois retomam e articulam ideias.
Veja a questão e tente respondê-la: Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento
a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
A resposta correta é a letra A, pois o pronome demonstrativo ISSO, relaciona a informação a seguir.

Pois então, os pronomes demonstrativos indicam, mostram o lugar em que um ser, um objeto ou uma informação se encontra, relativamente a cada uma das três pessoas gramaticais. Isso ocorre no espaço, no tempo e no contexto discursivo.



4- Pronomes indefinidos: referem-se à 3ª pessoa de modo vago, geral, indeterminado.


Principais empregos:

a) Algum, alguns, alguma, algumas:
- ANTES do substantivo, valor afirmativo: Algum amigo irá ajudá-lo.
- DEPOIS do substantivo, valor negativo: Amigo algum irá ajudá-lo. (nenhum amigo)

b) Todo, toda, todos, todas:
- Plural, indicam totalidade: Todos os alunos fizeram o vestibular.
- Singular, SEM ARTIGO, sentido de “qualquer”: Toda cidade deve ser bem governada.
- singular, COM ARTIGO, sentido de “inteiro” (valor adjetivo): Todo o país deve ser bem cuidado.
- singular, depois do substantivo, sentido de “inteiro” (valor adjetivo): A cidade toda deve ser bem cuidada.


5- Pronomes interrogativos: as palavras QUE, QUEM, QUAL e QUANTO empregadas na formulação de perguntas (diretas ou indiretas)
Quanto tempo você ficará em Londres?
Diga-me quanto tempo você ficará em Londres.


6- Pronomes relativos são aqueles que se referem a termos já expressos e, ao mesmo tempo, introduzem uma oração dependente.

o/a qual, os/as quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quanta(s) / que, quem, onde/aonde

• => QUE: retoma palavras que nomeiam pessoas ou coisas: A menina que chegou é nossa colega. = a qual

• => QUEM: SÓ é usado para retomar palavras que designam pessoas: Foi José quem pagou a conta.

• => CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS: usados entre dois substantivos, estabelecendo ideia de POSSE: Esse é o jornalista CUJAS críticas irritaram o prefeito.

*Não há a presença do artigo depois do pronome cujo/cujos/cuja/cujas, pois ele é variável em gênero e número.

=> ONDE / AONDE: SEMPRE indicam LUGAR
ONDE: (lugar em que) Conheci a cidade onde você nasceu.
AONDE: (lugar a que / movimento) Conheci a cidade aonde você vai passar as férias.

Questões
1. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente:
a) Este é um problema para mim resolver.
b) Entre eu e tu não há mais nada.
c) A questão deve ser resolvida por eu e você.
d) Para mim, viajar de avião é um suplício.
e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

2. (MACK) A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é:
a) Eu o conheço muito bem.
b) Devemos preveni-lo do perigo.
c) Faltava-lhe experiência.
d) A mãe amava-a muito.
e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação.

3. (AFA) Analise o slogan de um comercial, abaixo transcrito.
“Vem pra Caixa você também”. Em relação ao emprego do verbo “vir”, é correto afirmar que está
conjugado:
a) corretamente no presente do indicativo
b) corretamente no imperativo afirmativo
c) incorretamente no imperativo afirmativo
d) incorretamente no presente do indicativo

GABARITO: 1.D, 2.E, 3.C.



Divirta-se...

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Morfologia (Verbos e Regência verbal) - Aula teórica


Verbos e regência verbal




















Esse texto retirado da prova do ENEM de 2013, tem o intuito de avaliar a compreensão entre o texto verbal e não verbal. O cartaz aborda a questão do aquecimento global. No entanto, a estrutura adotada no texto verbal retoma a conjugação verbal do verbo derreter, ou seja, referindo-se às AÇÕES dos
seres humanos, em relação ao meio ambiente. É a partir desse conceito, que iniciaremos os
estudos sobre Verbos.

Ao observar o texto, você identificou aspectos fundamentais para compreender o conceito de verbo: “é a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural e outros processos, flexionando-se em pessoa, número, modo, tempo e voz.” (FARACO; MOURA, 1998, p. 324).



 Modos verbais



Formas nominais



Nos Vestibulares...
Analise esta questão do vestibular da VUNESP (2014). A partir do texto de José Lins do Rego (1901-1957), foi pedido ao candidato, na questão 2, para que identificasse qual tempo verbal era  predominante no texto. Isso é importante em uma narrativa, para que o leitor percorra o caminho da leitura de forma clara e segura.

Água-Mãe
Jogava com toda a alma, não podia compreender como um jogador se encostava, não se entusiasmava
com a bola nos pés. Atirava-se, não temia a violência e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontapés. Quando aquele back1, num jogo de subúrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrubá-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no chão, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada.
Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garçons não queriam cobrar as despesas que ele fazia e até mesmo nos ônibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre: — Joca, você aqui não paga. [...] (Água-Mãe, 1974.)
Questão 2: No primeiro parágrafo, predominam verbos empregados no
(A) pretérito perfeito do modo indicativo.
(B) pretérito imperfeito do modo indicativo.
(C) presente do modo indicativo.
(D) presente do modo subjuntivo.
(E) pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
Resposta: B
Você identificou a resposta adequada? Sabe explicar por que esse tempo verbal foi utilizado?

Fique Atento:
- derivados de TER e PÔR: Eu mantive minha palavra. / O policial deteve o suspeito. / Se o fiscal retiver a prova. / Os conflitos serão resolvidos, se nós impusermos nossa decisão.

- VER X VIER: Quando você vir (VER) nosso amigo, ajude-o.
Quando você vier (VIER) à escola, será bem recebido.

- verbos de particípio irregular: havia dito / escrito / feito / posto / aberto

- verbos abundantes: SER e ESTAR = O convite foi aceito pelo professor.

TER e HAVER = O professor havia aceitado o convite.

* Com os verbos GANHAR, GASTAR e PAGAR: Utiliza-se a forma irregular: ganho, gasto
e pago.

Regência Verbal
Você já fez esta pergunta para alguém: Fulano(a), quer namorar comigo?
Ou já usou a expressão: Assisti o jogo no Itaquera...
Sabia que essas formas de usar o verbo e complementos mudam o sentido da frase? Pois é...
Você estava no estádio prestando assistência?

A regência verbal é a maneira de o verbo relacionar-se com seus complementos, podendo até, conforme sua regência, sofrer alteração de sentido. Para estudar este conteúdo, é importante que você relembre a transitividade verbal (VTD – verbo transitivo direto; VTI – verbo transitivo indireto; VTDI – verbo transitivo direto e indireto; VL – verbo de ligação).

Como são muitos verbos, é difícil saber a regência de todos eles, por isso fica a dica: sempre consulte um bom dicionário para verificar o sentido que você quer dar à palavra. Mas seguem alguns exemplos:
Resultado de imagem para lista de regência verbal
Para estudar mais:
DICIONÁRIOS:
HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: elaborado no Instituto Antonio Houaiss de Lexicografia e Banco de
Dados da Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
LUFT, Celso P. Dicionário prático de regência verbal. São Paulo: Ática, 2008. SITES:
<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/>. Acesso em: 7 jan. 2016.
<http://www.pucrs.br/manualred/regverbal.php>. Acesso em: 7 jan. 2016.


Questões

1. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão ______ exames, porque nunca se empenharam o suficiente ____ utilização do tempo ____ dispunham para o estudo.
a) com, pela, de que. b) por, com, que. c) e, na, que. d) com, na, que. e) a, na, de que.

2. (UNICAMP - Adaptada) “Gentil de Araújo, motorista do caminhão que parou o avião na Marginal
do Rio Tietê, há 20 anos trabalha nas estradas do país dirigindo caminhões para transportadoras. “A
gente vê de tudo. Já vi um barco cair de uma carreta e amassar um Fusca. Só faltava ter visto um avião
bater em meu caminhão”.
a) parou o avião na marginal
b) dirigindo caminhões
c) a gente vê de tudo
d) amassar um fusca
e) cair de uma carreta

3. (FGV – SP) Leia o texto: “O Programa Mulheres está mudando. Novo cenário, novos apresentadores, muito charme, mais informação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista a revista eletrônica feminina que é a referência no gênero na TV”.
O verbo assistir, empregado em linguagem coloquial, está em desacordo com a norma gramatical.
a) Reescreva o último período de acordo com a norma.
b) Justifique a correção.

GABARITO: 1.E, 2.C, 3. a) Assista à revista. b) o verbo assistir rege preposição a.








Morfologia (Classes de palavras: substantivo e adjetivo) - Aula teórica

Morfologia é a parte da gramática que estuda a estrutura da palavra, isto é, a forma. Vamos apresentar, a seguir, um quadro-síntese das classes de palavras.








































É importante estudar as classes gramaticais, para que o aluno tenha habilidade de compreender os recursos linguísticos utilizados pelos autores, no momento da interpretação de um texto.

Substantivo e Adjetivo
Veja este texto, retirado da prova do ENEM de 2013. Na ocasião, a questão pedia para que o estudante compreendesse qual era a ideia principal do texto, ou  seja, os maus hábitos alimentares e a falta de atividade física do adolescente como causas da obesidade e de doenças crônicas. Porém, para compreender a mensagem, é imprescindível reconhecer a função das palavras, o que elas desempenham dentro do contexto. Algumas palavras estão em destaque para entendermos sua função.

Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade
no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram
muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos
exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão. [...]
(Disponível em: <http://saude.abril.com.br>. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).)
O título chama a atenção, pois se refere aos adolescentes e possíveis características. Isso só é
possível de compreendermos porque sabemos que as palavras desempenham funções diferentes
no processo de comunicação, então, costumamos separá-las em classes: classes de palavras.
Em destaque no texto, há substantivo e adjetivo, os quais estabelecem uma relação.




Se substantivo e adjetivo são palavras variáveis, podem ser flexionados em gênero, número e grau.




Curiosidade: Como aprender a redigir textos só com substantivos. Disponível em: <http://www.pucrs. br/gpt/substantivos.php>. Acesso em: 7 jan. 2016.

Divirta-se...

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Gramática, para quê? - Aula teórica

 Gramática, para quê?


Você já deve ter lido expressões como essas por aí... Provavelmente, entendeu a mensagem de todos os anúncios, não é mesmo? Essa compreensão deve-se ao fato de utilizarmos um mesmo código (Língua Portuguesa), instrumento de comunicação entre um emissor e um receptor. Mas o que acontece quando não utilizamos adequadamente esse código? Todos compreenderiam a mensagem facilmente?
O último anúncio faz uma oferta imperdível, no entanto, não era essa a informação que o anunciante desejava transmitir exatamente. O caso foi parar na delegacia!1 A falta de domínio do código prejudica a comunicação, causando transtornos desnecessários.
É imprescindível reconhecermos que a linguagem é, “ao mesmo tempo, um elemento da cultura e a condição fundamental para que exista a cultura.” (FARACO; MOURA, 1998, p. 17).
Assim, para utilizarmos a linguagem, as comunidades adotaram um código específico, a LÍNGUA, como expressão verbal (oral e escrita) da sua maneira de viver em sociedade e transmitir sua cultura.

Há diferenças entre a língua falada e a língua escrita, pois existem diversas situações de comunicação formais ou informais que utilizamos diariamente.
Entretanto, o registro da língua não pode ser feito de qualquer maneira, senão a comunicação estaria comprometida. Foi o que aconteceu no exemplo do anúncio do chip para celular.
Para evitar essa “bagunça” ou “colocar ordem nas coisas”, a GRAMÁTICA NORMATIVA estabelece regras a serem obedecidas por todos aqueles que querem falar e escrever corretamente.

Para que estudar gramática?
• para tornar os usuários da língua competentes e possam empregá-la em várias situações de comunicação;
• para conhecer a língua sem si, sua forma e seu funcionamento;
• para ampliar a capacidade de análise e reflexão;
(Poderíamos, ainda, mencionar a importância das redações nos vestibulares e no Enem, mas esse fato vocês já sabem!)
Além desses argumentos, é importante lembrar alguns conceitos:
• noção de CERTO ou ERRADO: Há uma valorização da linguagem culta, certamente isso ocorre pois há um ideal linguístico; porém, as variações da língua são intrínsecas a ela, ocorrem devido à necessidade de uma comunidade linguística.
Então, ocorrem DESVIOS em relação à norma culta; se houve entendimento linguístico, houve comunicação. O essencial é a ADEQUAÇÃO linguística.

Questão 116 – ENEM 2014
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como
um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades
escritas? Não deve mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou dos de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
(A) descartar as marcas de informalidade do texto.
(B) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
(C) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
(D) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
(E) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
Resposta oficial: D => palavra-chave: Adequação

Variações Linguísticas
• variedade padrão: gramática normativa

• variedada não padrão: coloquial / popular

Alguns autores (CUNHA; CINTRA, 2013) apresentam a seguinte classificação:
a) Variações geográficas (diatópicas): falares regionais
b) Variações históricas: mudanças na língua em determinada época
c) Variações socioculturais (diastráticas): particularidade de uma população ou grupo social
“Na língua existe, pois, ao lado da força centrífuga de inovação, a força centrípeta da conservação, que, contrarregrando a primeira, garante a superior unidade de um idioma como o português, falado por povos que se distribuem pelos cinco continentes.”(CUNHA; CINTRA, 2013, p. 4).

Questões

Questão 100 - ENEM 2014
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: <www.luizluagonzaga.mus.br >. Acesso em: 5
maio 2013)
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil.
O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é
(A) “Isso é um desaforo”
(B) “Diz que eu tou aqui com alegria”
(C) “Vou mostrar pr’esses cabras”
(D) “Vai, chama Maria, chama Luzia”
(E) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”
A resposta C indica uma expressão típica de algumas regiões do país.

Questão 128 – ENEM 2014
Em bom português
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é
apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”).
A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:
– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito
bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.
(SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984)
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa
característica da língua, evidenciando que
(A) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
(B) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações.
(C) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica.
(D) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante.
(E) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões

Para aprender mais:
GRAMÁTICAS:
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio
de Janeiro: Lexikon, 2013.
FARACO, Carlos E.; MOURA, Francisco M. Gramática. 17. ed. São Paulo: Ática, 1998.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de. 1001 dúvidas de português. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2009.
INTERNET:
<http://cvc.instituto-camoes.pt/a-brincar/gramaticando.html#.VpkfUyorLIU>. Acesso em: 7 jan. 2016.
<http://iilp.cplp.org/>. Acesso em: 7 jan. 2016.
<http://revistalingua.com.br/>. Acesso em: 7 jan. 2016.


Atividade de interpretação de texto para o 1º ano 20/02/2020

Leia: Os diamantes Um casal de índios vivia, juntamente com sua tribo, à beira de um rio da região Centro-Oeste. Ele, um guerreiro pod...