quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Atividade de interpretação de texto para o 1º ano 20/02/2020


Leia:
Os diamantes
Um casal de índios vivia, juntamente com sua tribo, à beira de um rio da região Centro-Oeste. Ele, um guerreiro poderoso e valente, chamava-se Itagibá, que significa "braço forte". Ela, uma jovem e bela moça, tinha o nome de Potira, que quer dizer "flor". Viviam os dois muito felizes, quando sua tribo foi atacada por outros selvagens da vizinhança.
Começou a guerra e Itagibá teve de acompanhar os outros guerreiros que iam lutar contra o inimigo. Quando se despediram, Potira não deixou cair uma só lágrima, mas seguiu, com o olhar muito triste, o marido que se afastava em sua canoa que descia o rio.
Todos os dias, Potira, com muita saudade, ia para a margem do rio, esperar o esposo. Passou-se muito tempo. Quando os guerreiros da tribo regressaram à sua taba, Itagibá não estava entre eles. Potira soube, então, que seu marido morreu lutando bravamente. Ao receber essa notícia, a jovem índia chorou muito. E passou o resto da vida a chorar.
Tupã, o deus dos índios, ficou com dó e transformou as lágrimas de Potira em diamantes, que se misturaram com a areia do rio. É por isso, dizem, que os diamantes são encontrados entre os cascalhos e areias do rio. Eles são as lágrimas de saudade e de amor da índia Potira.
Disponível em: http://www.potyguar.com.br .
Questão 1 – O texto lido é do gênero:
a) conto         b) lenda         c) notícia       d) artigo enciclopédico

Questão 2 – Identifique o objetivo do texto:
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Questão 3 – Em “Eles são as lágrimas de saudade e de amor da índia Potira.”, a forma pronominal sublinhada substitui, considerando-se o contexto, o termo:
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Questão 4 – Grife no trecho, a seguir, os adjetivos utilizados na caracterização dos personagens:
Ele, um guerreiro poderoso e valente, chamava-se Itagibá, que significa "braço forte". Ela, uma jovem e bela moça, tinha o nome de Potira, que quer dizer "flor".
Questão 5 – Assinale a passagem que caracteriza o clímax da história:
a) “Viviam os dois muito felizes, quando sua tribo foi atacada por outros selvagens da vizinhança.”
b) “Começou a guerra e Itagibá teve que acompanhar os outros guerreiros que iam lutar [...]”.
c) “Potira soube, então, que seu marido morreu lutando bravamente.”.
d) “Tupã, o deus dos índios, ficou com dó e transformou as lágrimas de Potira em diamantes [...]”.

Questão 6 – Em todos os segmentos, percebe-se, de forma explícita, a progressão do tempo, exceto em:
a) “Todos os dias, Potira, com muita saudade, ia para a margem do rio, esperar o esposo.”.
b) “Passou-se muito tempo.”.
c) “Quando os guerreiros da tribo regressaram à sua taba, Itagibá não estava entre eles.”.
d) “E passou o resto da vida a chorar.”.

Questão 7 – Há o predomínio no texto de sequências do tipo:
a) expositivo             b) descritivo              c) argumentativo                 d) narrativo

Questão 8 – No trecho “Tupã, o deus dos índios, ficou com dó e transformou as lágrimas de Potira em diamantes [...]”, a  inserção anteriormente destacada exerce a função de:
a) predicativo do sujeito                 b) aposto                   c) vocativo                d) complemento nominal

Questão 9 -  Na frase “Começou a guerra e Itagibá teve de acompanhar os outros guerreiros que iam lutar contra o inimigo.”, o fato expresso pela locução verbal evidenciada indica:
a) obrigação             b) promessa             c) desejo                   d) hipótese

(Enem 2012 - Segundo Dia) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

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