1. (Upf 2015) Sobre o
romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar que:
a) apresenta um narrador onisciente, em terceira
pessoa.
b) incorpora inúmeros termos indígenas, com o intuito de
forjar uma língua literária nacional.
c) simboliza o consórcio do português e do indígena na
formação da nação brasileira.
d) possui, como argumento histórico, fatos relacionados ao
estado de Pernambuco, terra natal do autor.
e) vale-se da prosa poética na representação do espaço e das
personagens.
2. (Uespi 2012)
Romance escrito em 1865, Iracema, de José de Alencar, aborda fatos e
feitos da colonização portuguesa no Brasil. Sobre esta obra, é correto afirmar
que:
a) a estória se passa no século XVI, durante a exploração
portuguesa no Amazonas.
b) a principal característica deste romance é que parte dele
é escrito em prosa, outra parte em versos.
c) apesar de ser um romance indigenista, Iracema também
aborda com ênfase a questão da escravidão negra no Brasil.
d) Iracema é descrita por Alencar como virgem dos lábios de
mel, com cabelos mais negros que a asa da graúna.
e) a principal característica de Iracema é a objetividade da
narrativa, que exclui qualquer traço lírico ou subjetivo.
3. (Fuvest 2011) Leia
o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao
que se pede.
“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos
anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade
é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este
sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das
almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e
....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo
sacrifício”.Machado de Assis, Crítica.
No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente
preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema:
a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim.
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim.
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti.
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.
4. (Ita 2011) Acerca
da protagonista do romance Iracema, de José Alencar, pode-se dizer que
I. é uma heroína romântica, tanto por sua proximidade com a
natureza, quanto por agir em nome do amor, a ponto de romper com a sua própria
tribo e se entregar a Martim.
II. é uma personagem integrada à natureza, mas que se
corrompe moralmente depois que se apaixona por um homem branco civilizado e se
entrega a ele.
III. possui grande beleza física, descrita com elementos da
natureza, o que faz da personagem uma representação do Brasil pré-colonizado.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) todas.
5. (Ufrgs 2007) No
capítulo XXVI do romance "Iracema", de José de Alencar, Martim decide
acompanhar Poti, que volta à nação pitiguara, onde nascera, para defendê-la do
ataque de povos inimigos. Antes da partida, os dois "irmãos"
confabulam para decidir se Iracema deve acompanhá-los, ou não, à taba dos
pitiguaras.
Com relação à sequência dos episódios relatados acima,
considere as alternativas que seguem e assinale a que está de acordo com o
romance de Alencar.
a) Martim e Poti decidem partir sem falar com Iracema, pois
as lágrimas dela poderiam 'amolecer' seus corações e fazê-los desistir da
viagem.
b) Poti convence Martim a acompanhá-loà taba dos pitiguaras
para ajudar os irmãos de Iracema atacados por povos inimigos.
c) Martim e Poti deixam fincada, no tronco de uma árvore,
uma mensagem cifrada para Iracema.
d) Iracema, contrariando o pedido de Martim, abandona a
cabana e vai atrás dele, embrenhando-se na floresta.
e) Ao ver a seta emplumada trespassando o 'goiamun', Iracema
conclui que Martim e Poti haviam partido para a caça.
6. (Pucsp 2007)
Considere os dois fragmentos extraídos de "IRACEMA", de José
de Alencar.
I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa
cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone
buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o
frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez
branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no
berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim
partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia
não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro
cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação
de uma raça?
Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no
enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar.
Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta
a) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o
branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e
colonização do Brasil.
b) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela
conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor
estrangeiro.
c) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como
forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco
colonizador e o selvagem dono da terra.
d) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por
ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se
tornado prisioneiro de sua tribo.
e) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu
sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.
TEXTO PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES
Quanto mais seu passo o aproxima da cabana, mais lento se
torna e pesado. Tem medo de chegar; e sente que sua alma vai sofrer, quando os
olhos tristes e magoados da esposa entrarem nela.
Há
muito que a palavra desertou seu lábio seco; o amigo respeita este silêncio,
que ele bem entende. É o silêncio do rio quando passa nos lugares profundos e
sombrios.
Tanto
que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do cão a
chamá-los e o grito da ará, que se lamentava. Estavam mui próximos à cabana,
apenas oculta por uma língua de mato. O cristão parou calcando a mão no peito
para sofrear o coração, que saltava como o poraquê.
- O
latido de Japi é de alegria, disse o chefe.
-
Porque chegou; mas a voz da jandaia é de tristeza. Achará o guerreiro ausente a
paz no seio da esposa solitária, ou terá a saudade matado em suas entranhas o
fruto do amor?
O
cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus
olhos viram sentada, à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço, e o cão
a brincar. Seu coração o arrojou de um ímpeto, e a alma lhe estalou nos lábios:
-
Iracema!...
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p. 86.
7. (Fgv 2007) A respeito do romance "Iracema",
pode-se dizer que:
a) É classificado como um dos romances regionalistas do
autor.
b) É lídimo representante do Arcadismo, ainda que
regionalmente deslocado.
c) Sua personagem Iracema é abandonada pelo amado, que
jamais retorna.
d) Não introduz o Romantismo no Brasil, mas é um de seus
representantes de maior vulto.
e) Iracema falece depois de seu amado.
8. (Fgv 2007)
Assinale a alternativa correta em relação ao romance.
a) Seu autor escreveu também "A Moreninha".
b) Nele, não se ressaltam valores culturais, apenas
políticos.
c) O irmão de Iracema é o legendário índio Peri.
d) A natureza não passa de pano de fundo da narrativa.
e) É narrado, em terceira pessoa, por um narrador
onisciente.
9. (Ufrgs 2006) No
capítulo XV do romance "Iracema", de José de Alencar, Iracema e
Martim tornam-se, efetivamente, marido e mulher.
Em relação a esse episódio, é correto afirmar que
a) a união se dá enquanto o velho pajé dorme profundamente
na cabana.
b) Martim possui Iracema sob os efeitos do vinho de
Tupã.
c) Martim não resiste à paixão por Iracema e decide
possuí-la, enquanto Araquém se ausenta da cabana.
d) Iracema se arrepende pela perda de sua virgindade e corre
para banhar-se no rio a fim de purificar-se do pecado.
e) os dois amantes são flagrados pelo pajé, que os expulsa
imediatamente da taba.
10. (Ufrn 2003) O
trecho seguinte pertence ao romance "Iracema" (1865), de José de
Alencar:
Refresca o vento.
O rulo das vagas precipita. O barco salta sobre as ondas e
desaparece no horizonte. Abre-se a imensidade dos mares; e a borrasca enverga,
como o condor, as foscas asas sobre o abismo.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as
vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas
auras; e para ti jaspeie a bonança mares de leite!
ALENCAR, J.M. de. "Iracema". Porto Alegre: L&PM, 1999. p.
22-23. (Coleção L&PM Pocket)
Gabarito
- D
- D
- E
- E
- A
- A
- D
- E
- B
- B
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