quarta-feira, 18 de abril de 2018

Lista de exercícios do livro Iracema de José de Alencar (com gabarito)


Resultado de imagem para iracemaIracema – José de Alencar
1. (Upf 2015)  Sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar que:
a) apresenta um narrador onisciente, em terceira pessoa.  
b) incorpora inúmeros termos indígenas, com o intuito de forjar uma língua literária nacional.  
c) simboliza o consórcio do português e do indígena na formação da nação brasileira.  
d) possui, como argumento histórico, fatos relacionados ao estado de Pernambuco, terra natal do autor.  
e) vale-se da prosa poética na representação do espaço e das personagens.  

2. (Uespi 2012)  Romance escrito em 1865, Iracema, de José de Alencar, aborda fatos e feitos da colonização portuguesa no Brasil. Sobre esta obra, é correto afirmar que:
a) a estória se passa no século XVI, durante a exploração portuguesa no Amazonas.  
b) a principal característica deste romance é que parte dele é escrito em prosa, outra parte em versos.  
c) apesar de ser um romance indigenista, Iracema também aborda com ênfase a questão da escravidão negra no Brasil.  
d) Iracema é descrita por Alencar como virgem dos lábios de mel, com cabelos mais negros que a asa da graúna.  
e) a principal característica de Iracema é a objetividade da narrativa, que exclui qualquer traço lírico ou subjetivo.  

3. (Fuvest 2011)  Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede.
                “....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.Machado de Assis, Crítica.

No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema:
a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim.  
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim.  
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi  
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti.  
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.

4. (Ita 2011)  Acerca da protagonista do romance Iracema, de José Alencar, pode-se dizer que
I. é uma heroína romântica, tanto por sua proximidade com a natureza, quanto por agir em nome do amor, a ponto de romper com a sua própria tribo e se entregar a Martim.
II. é uma personagem integrada à natureza, mas que se corrompe moralmente depois que se apaixona por um homem branco civilizado e se entrega a ele.
III. possui grande beleza física, descrita com elementos da natureza, o que faz da personagem uma representação do Brasil pré-colonizado.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.   
b) apenas I e II.   
c) apenas I e III.  
d) apenas II e III.   
e) todas.

5. (Ufrgs 2007)  No capítulo XXVI do romance "Iracema", de José de Alencar, Martim decide acompanhar Poti, que volta à nação pitiguara, onde nascera, para defendê-la do ataque de povos inimigos. Antes da partida, os dois "irmãos" confabulam para decidir se Iracema deve acompanhá-los, ou não, à taba dos pitiguaras.
Com relação à sequência dos episódios relatados acima, considere as alternativas que seguem e assinale a que está de acordo com o romance de Alencar.
a) Martim e Poti decidem partir sem falar com Iracema, pois as lágrimas dela poderiam 'amolecer' seus corações e fazê-los desistir da viagem.  
b) Poti convence Martim a acompanhá-loà taba dos pitiguaras para ajudar os irmãos de Iracema atacados por povos inimigos.  
c) Martim e Poti deixam fincada, no tronco de uma árvore, uma mensagem cifrada para Iracema.  
d) Iracema, contrariando o pedido de Martim, abandona a cabana e vai atrás dele, embrenhando-se na floresta.  
e) Ao ver a seta emplumada trespassando o 'goiamun', Iracema conclui que Martim e Poti haviam partido para a caça.  

6. (Pucsp 2007)  Considere os dois fragmentos extraídos de "IRACEMA", de José de Alencar.
I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?

Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta
a) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil.  
b) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor estrangeiro.  
c) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra.  
d) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo.  
e) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.

TEXTO PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES
Quanto mais seu passo o aproxima da cabana, mais lento se torna e pesado. Tem medo de chegar; e sente que sua alma vai sofrer, quando os olhos tristes e magoados da esposa entrarem nela.
                Há muito que a palavra desertou seu lábio seco; o amigo respeita este silêncio, que ele bem entende. É o silêncio do rio quando passa nos lugares profundos e sombrios.
                Tanto que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do cão a chamá-los e o grito da ará, que se lamentava. Estavam mui próximos à cabana, apenas oculta por uma língua de mato. O cristão parou calcando a mão no peito para sofrear o coração, que saltava como o poraquê.
                - O latido de Japi é de alegria, disse o chefe.
                - Porque chegou; mas a voz da jandaia é de tristeza. Achará o guerreiro ausente a paz no seio da esposa solitária, ou terá a saudade matado em suas entranhas o fruto do amor?
                O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram sentada, à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço, e o cão a brincar. Seu coração o arrojou de um ímpeto, e a alma lhe estalou nos lábios:
                - Iracema!...
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p. 86.

 7. (Fgv 2007)  A respeito do romance "Iracema", pode-se dizer que:
a) É classificado como um dos romances regionalistas do autor.  
b) É lídimo representante do Arcadismo, ainda que regionalmente deslocado.  
c) Sua personagem Iracema é abandonada pelo amado, que jamais retorna.  
d) Não introduz o Romantismo no Brasil, mas é um de seus representantes de maior vulto.  
e) Iracema falece depois de seu amado.

8. (Fgv 2007)  Assinale a alternativa correta em relação ao romance.
a) Seu autor escreveu também "A Moreninha".  
b) Nele, não se ressaltam valores culturais, apenas políticos.  
c) O irmão de Iracema é o legendário índio Peri.  
d) A natureza não passa de pano de fundo da narrativa.  
e) É narrado, em terceira pessoa, por um narrador onisciente.  

9. (Ufrgs 2006)  No capítulo XV do romance "Iracema", de José de Alencar, Iracema e Martim tornam-se, efetivamente, marido e mulher.
Em relação a esse episódio, é correto afirmar que
a) a união se dá enquanto o velho pajé dorme profundamente na cabana.  
b) Martim possui Iracema sob os efeitos do vinho de Tupã.  
c) Martim não resiste à paixão por Iracema e decide possuí-la, enquanto Araquém se ausenta da cabana.  
d) Iracema se arrepende pela perda de sua virgindade e corre para banhar-se no rio a fim de purificar-se do pecado.  
e) os dois amantes são flagrados pelo pajé, que os expulsa imediatamente da taba.  

10. (Ufrn 2003)  O trecho seguinte pertence ao romance "Iracema" (1865), de José de Alencar:
Refresca o vento.
O rulo das vagas precipita. O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte. Abre-se a imensidade dos mares; e a borrasca enverga, como o condor, as foscas asas sobre o abismo.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas auras; e para ti jaspeie a bonança mares de leite!
                ALENCAR, J.M. de. "Iracema". Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 22-23. (Coleção L&PM Pocket)

Gabarito


  1. D
  2. D
  3. E
  4. E
  5. A
  6. A
  7. D
  8. E
  9. B
  10. B

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