Introdução à literatura
Começamos o estudo de Literatura, refletindo sobre a diferença de texto-literário e não-literário, já que entramos em contato com muitos tipos de texto que possuem funções específicas de comunicação, na sociedade contemporânea.
Leia estes dois textos e observe a diferença:
Texto 1.
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
Texto 2:
[...] Se o processo é tão fácil, por que a reciclagem do lixo não atingiu o seu nível máximo até
hoje? A resposta é simples: falta de boa vontade política e social. Em São Paulo, cidade que mais produz lixo no país (12 mil toneladas por dia), durante dois anos – de 1989 a 1991 – a prefeitura se encarregou de fazer coleta seletiva de porta em porta, em 69 000 casas, de 24 bairros. O serviço foi extinto e a prefeitura não pretende voltar a implantá-lo. Hoje, só restam 27 pontos de coleta seletiva voluntária na cidade. [...]
OLIVEIRA, Thais de. Reciclagem. Claudia, Abril, São Paulo, p. 10, maio 1997.
Uma das características distintivas dos textos literários é a sua função estética, em que é possível constatar que uma obra foi produzida com a intenção de ser admirada por pessoas que valorizam a arte. Além disso, percebemos o trabalho árduo do escritor que faz a seleção das palavras e precisa de habilidade e sensibilidade para expressar, por meio das palavras, a mensagem.
Contatamos que nem tudo que lemos pode ser chamado de Literatura.
Dessa forma, Literatura é uma das manifestações artísticas, assim como a música, a escultura, o teatro, a pintura e a dança. No entanto, a Literatura possui como matéria-prima a própria palavra.
O texto literário é uma construção textual que se apropria de uma linguagem própria, chamada de literária. Essa linguagem possui como objetivo principal provocar uma percepção sensorial, despertando sensações no leitor. Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, poesias, contos, fábulas, crônicas e outros.
Dessa maneira, o texto literário é SUBJETIVO, isto é, reflete a maneira do artista enxergar a realidade.
Além dessas características, o texto literário é INTANGÍVEL, isto é, não pode ser resumido, pois perderia todo o seu encanto. Dessa forma, os autores e poetas utilizam a linguagem conotativa, a qual possibilita que o autor utilize as palavras em sentido figurado.
Ao contrário, o texto não-literário tem como objetivo informar, esclarecer, explicar, ou seja, pretende ser útil ao leitor. Por isso, a linguagem desse tipo de texto é denominada de utilitária. O texto não-literário é frequentemente visto como um texto informativo, por isso, sua linguagem é clara e objetiva. Alguns exemplos são os artigos científicos, as notícias, os textos didáticos, entre outros.
Caiu no Enem
CANÇÃO AMIGA
Eu preparo uma canção,
em que minha mãe se reconheça
todas as mães se reconheçam
e que fale como dois olhos.
[...]
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faca acordar os homens
e adormecer as crianças.
ANDRADE, C. D. Novos poemas. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1948. (fragmento).
ENEM – 2009
A linguagem do fragmento acima foi empregada pelo autor com o objetivo principal de
a) transmitir informações, fazer referência a acontecimentos observados no mundo exterior.
b) envolver, persuadir o interlocutor — nesse caso — o leitor, em um forte apelo a sua sensibilidade.
c) realçar os sentimentos do eu lírico, suas sensações, reflexões e opiniões frente ao mundo real.
d) destacar o processo de construção de seu poema, ao falar sobre o papel da própria linguagem e do
poeta.
e) manter eficiente o contato comunicativo entre o emissor da mensagem, de um lado, e o receptor
— de outro.
Uma tentativa de definição do conceito de literatura
O conceito de literatura é de difícil definição, uma vez que ele tem se transformado ao longo dos tempos. Por exemplo, nem todos os textos que hoje são considerados literários eram vistos como tal, em outros tempos. Tendo em vista a sua natureza complexa, arriscar uma definição categórica sobre o que é literatura parece ser perigoso. No entanto, é possível identificar elementos constitutivos da literatura que ajudam a compreendê-la enquanto campo específico de manifestação artística, como também auxiliam na elucidação de seus vínculos com o contexto histórico, social e cultural no qual ela é produzida. Feitas essas ressalvas, três aspectos da natureza da literatura apontados pelo crítico literário Antônio Candido (1918-) ajudam a defini-la: “1) ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; 2) ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão do mundo dos indivíduos e dos grupos; 3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente” (CANDIDO, 2004, p. 176). Dessa maneira, pode-se também entender a literatura (ou o texto literário) como um objeto que, em sua materialidade temático-formal, articula uma série de relações (linguísticas, sociais, históricas, psicológicas etc.) num todo caracterizado sobretudo pela sua natureza estética. A obra literária pode igualmente ser entendida como uma criação verbal oral ou escrita que possui um modo de elaboração linguística peculiar, o qual trabalha com procedimentos que destacam, em diferentes graus, o caráter poético da linguagem.
A literatura como forma de conhecimento e de entretenimento
A literatura é uma forma de conhecimento, uma vez que ela é um processo que nos faz compreender formas de estar no mundo. De acordo com Antoine Compagnon (2009), a literatura oferece a oportunidade de preservação e de transmissão das experiências dos outros, de pessoas que se distanciam do leitor, em termos de espaço e tempo ou de condições de vida. Em decorrência, “ela nos torna sensíveis ao fato de que os outros são muito diversos e que seus valores se distanciam dos nossos” (COMPAGNON, 2009, p. 47).
A literatura é uma forma de entretenimento, na medida em que propicia uma experiência estética no ato de leitura. O leitor pode se entreter não só com histórias empolgantes contadas em livros, mas, se ele tiver uma formação mínima que lhe permita explorar as potencialidades do texto literário, também com o caráter lúdico do trabalho de linguagem empregado na obra e com questões diversas que uma
determinada obra problematiza.
A literatura como elemento
A cultura é, em suma, um conjunto de elementos, como visões de mundo, comportamentos, hábitos, crenças, manifestações artísticas, entre muitos outros, de uma comunidade, povo, país ou civilização. Assim, a literatura é um elemento que integra a cultura, não só por ser uma manifestação artística produzida em um determinado meio social, mas porque ela também atua no sistema cultural desse meio. O impacto que grandes obras da Antiguidade Clássica provocaram na cultura ocidental é um exemplo disso. A literatura é ainda uma forma de identidade, pois ela tende a exprimir, de modos variados, o seu povo. Por vezes, exprimir a identidade de um povo é um objetivo claro na produção literária, como no caso dos escritores brasileiros do Romantismo, os quais buscavam construir a identidade nacional do país por meio de suas obras. Note-se que a literatura exprime a identidade tanto de nações quanto, num plano mais particular, de variadas categorias sociais.
A literatura como representação estética
A arte estabelece uma relação particular com a realidade. Para discutirmos essa relação, tomemos como exemplo a obra A traição das imagens (1929), do pintor belga René Magritte (1898-1967).
Apresentando a frase “Ceci n’est pas une pipe” (“Isto não é um cachimbo”) embaixo de uma figura de um cachimbo, esse quadro chama-nos a atenção, com um certo tom de ironia, para o fato de que a arte não apresenta objetos do mundo em si mesmos. De fato, no quadro não está um cachimbo, mas uma representação de um cachimbo. Isso não ocorre somente na pintura: a literatura também não
é reflexo da realidade, ela é um processo de transfiguração artística da realidade. Isso vale mesmo para textos que pretendem, em princípio, representar a realidade fielmente. A literatura é, portanto, uma forma de representação estética, uma criação, e não uma forma de imitar ou explicar a realidade.
O contexto de produção e de circulação da obra literária
Várias coisas influenciam na criação do texto literário, como a visão de mundo do autor, o momento histórico e os valores (políticos, econômicos, culturais etc.) vigentes na sociedade em que a obra é produzida, contudo, a obra literária não necessariamente depende desses elementos externos para ser lida, pois ela já os incorpora em sua estrutura. Além disso, uma determinada obra literária não é como tal somente por causa das características da sociedade em que ela foi produzida. Desse modo, pensar numa relação determinista de causa e consequência entre sociedade e obra literária é algo inapropriado. Há vários fatores que atuam não só na produção do texto literário e de seu sentido, mas também na sua recepção pelo leitor. Vejamos sumariamente alguns aspectos dessa dinâmica que exercem influência na produção da obra e da construção de seu sentido.
O autor, ao trabalhar na criação do texto literário, expressa determinadas visões de mundo que podem ser coincidentes com aquilo em que ele de fato acredita ou não. Não se deve, portanto, confundir os valores que um texto literário expressa com os valores de seu autor, pois eles nem sempre são convergentes ─ um dos fatos que provam a relativa autonomia do texto literário. Entretanto, a personalidade do autor, o lugar de onde ele vem, as suas experiências em geral e os seus objetivos influenciam na criação de seu texto literário. Também não se pode esquecer que o autor produz a obra num determinado contexto, que influi em seu ato de criação, tanto pela visão de mundo da sociedade do seu tempo quanto pelo possível anseio que ele tem de atender às expectativas do provável público leitor de sua obra, no contexto do qual ele faz parte. O repertório do leitor e o contexto no qual ele se insere são igualmente importantes, porque eles também interferem na construção do sentido do texto. Por exemplo, as reações que Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) causou nos leitores contemporâneos de Machado de Assis (1839-1908) podem ter sido bem diferentes das reações que o mesmo romance provoca nos seus leitores que tomam contato com a mesma obra aproximadamente 130 anos depois de sua primeira publicação.
Ademais, leitores inseridos num mesmo período histórico podem construir diferentes sentidos na leitura, por exemplo, de um mesmo poema, pois cada um deles possui expectativas, repertório e experiências distintas, os quais atuam no processo de leitura e influenciam no ato interpretativo de cada um deles.
A tradição das escolas literárias
A noção de escola literária corresponde a uma reunião de obras de um determinado período histórico com base em tendências gerais, no que diz respeito a modos de composição literária, temas e expressão de certos pontos de vista ideológicos.
Ressalte-se que os textos literários dificilmente trazem todas as características da escola literária à qual eles pertencem. Note-se, ainda, que diferentes escolas literárias podem se constituir simultaneamente, o que significa que elas não necessariamente se manifestam em uma sucessão cronológica linear.
Literatura e outras artes
A literatura se relaciona com outras artes de diversas maneiras. Muitas vezes, há diálogos intertextuais entre obras, como nos casos em que um texto literário remete a uma pintura, e vice-versa. Por exemplo, o quadro Iracema [1881 ou 1884], do pintor José Maria Medeiros (1849-1925), remete diretamente ao romance homônimo de José de Alencar (1829-1877), publicado em
1865. Outra forma de relação entre literatura e outras artes é a adaptação. É bastante comum,
por exemplo, as adaptações cinematográficas de obras literárias, como a trilogia O senhor dos
anéis, adaptação de obras de J. R. R. Tolkien (1892-1973).
Gêneros literários
Segundo Sérgio Vicente Motta (2004), os gêneros literários podem ser divididos em três grandes grupos: épico ou narrativo, lírico e dramático. Em cada um desses gêneros (ou grupos), manifestam-se diversas formas literárias (ou subgêneros, ou, ainda, simplesmente gêneros), como o romance e o conto, no gênero épico ou narrativo, e a poesia lírica, no gênero lírico.
Vejamos um resumo sobre esses grupos e seus subgêneros, de acordo com Motta (2004):
Épico ou Narrativo:
pertencem ao gênero épico ou narrativo textos que, grosso modo, narram uma história em prosa ou verso. Na Grécia Antiga, seu principal subgênero era a epopeia, que narrava a história de deuses e homens elevados, mas, ao longo dos tempos, passaram a ter destaque formas narrativas como o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula, o apólogo, entre outras. Predominantemente, tais formas literárias são compostas em prosa.
Lírico:
pertencem ao gênero lírico composições nas quais uma voz identificada como um “Eu” (o chamado “eu-lírico”) expressa seu estado de espírito e seus sentimentos. O traço marcante dessa composição, o qual conhecemos normalmente por poesia, é a combinação de palavras que criam um ritmo e um jogo sonoro. Os textos desse gênero são predominantemente produzidos em versos e podem apresentar rimas e métrica uniformes - note-se que a poesia moderna emprega formas que não se fixam
nos moldes tradicionais, muitas vezes explorando versos livres (sem métrica uniforme) e brancos (sem rima). Sua forma fixa mais tradicional é o soneto.
Dramático:
pertencem ao gênero dramático textos literários produzidos para serem encenados; sua composição consiste sobretudo em diálogos. Trata-se, portanto, do que conhecemos por texto teatral. Dois de seus principais subgêneros são a tragédia e a comédia. Na época moderna, emerge o drama, forma distinta da tragédia e da comédia, pelo tom, estilo e natureza das personagens. Ressalte-se que não é possível delimitar os gêneros literários de maneira rígida, pois as fronteiras entre eles nem sempre são tão claras. Além disso, muitas formas literárias exibem hibridizações, isto é, traços característicos de composição de outros gêneros (ex: poema em prosa).
Ferramentas de análise
No estudo do texto literário, é importante que se tenha em mente o tipo de análise que se pretende fazer. Por exemplo, um estudo de uma determinada obra pode privilegiar tanto os seus aspectos formais e temáticos, quanto a representação de determinados aspectos sociais na obra - observe-se que uma coisa não exclui a outra.
Um possível percurso de leitura crítica do texto literário é identificar os seus procedimentos de composição, analisá-los e verificar os efeitos de sentido que eles geram, em sua articulação com os aspectos temáticos do texto, ou seja, sobre aquilo que o texto diz. Isso significa que não interessa somente o que diz um texto literário mas também como ele diz algo, pois a forma e o conteúdo da mensagem do texto literário são indissociáveis, o que requer uma atenção especial do leitor.
Ao ler um texto literário, o leitor deve identificar os elementos básicos que o constituem (os quais se vinculam às características do gênero) e construir uma leitura interpretativa calcada nos efeitos de sentido da articulação de tais elementos básicos com os procedimentos linguísticos empregados, o tema e as ideias presentes no texto. A título de exemplificação vejamos alguns elementos básicos da narrativa, no quadro a seguir.
Ação
Os fatos ou acontecimentos contados na narrativa, isto é, a história narrada. A ação tende a girar em torno de um conflito dramático vivenciado pelas personagens. O conflito pode ocorrer entre personagens, entre personagem(ns) e meio etc.
Foco narrativo
A posição a partir da qual o narrador conta a história. O narrador pode ser de primeira ou terceira pessoa, mas a sua posição, em relação à história narrada, pode variar. Por exemplo, é possível ao narrador adotar a posição, entre outros:
a) do protagonista;
b) de uma testemunha (quando está inserido na história narrada, porém, não é o protagonista);
c) de uma voz onisciente que não participa da ação da narrativa, podendo manifestar sua opinião sobre aquilo que narra ou não;
d) de uma voz que narra e, embora não participe da ação da narrativa, não é onisciente e se limita à perspectiva de alguma personagem da história.
Personagem
É um ser construído por meio de uma representação verbal que atua na ação da narrativa. As personagens podem ser classificadas de acordo com o seu grau de importância na ação e no conflito dramático (personagem principal ou secundária) ou com a sua densidade psicológica (ex: tipos sociais, estereótipos, ou personagens simplesmente com baixo, médio ou alto grau de densidade psicológica, o que torna suas ações mais previsíveis ou não).
Tempo
O tempo objetivo (cronológico) corresponde à sucessão cronológica dos eventos narrados; o tempo subjetivo (psicológico) corresponde à vivência subjetiva das personagens na experiência com os eventos. Observe-se que as ações podem aparecer na ordem em que acontecem na narrativa ou não (avanços ou recuos no tempo) - ex: narrativas que começam pelo meio ou pelo fim da história contada.
Espaço
Localização geográfica onde ocorrem os eventos da narrativa. Difere do ambiente, que é o “clima” das situações vivenciadas pelas personagens. Em suas leituras, o aluno deve identificar os aspectos literários aqui apresentados, bem como os elementos básicos da narrativa a fim de desenvolver e estimular uma leitura crítica e consciente. Esta atitude contribuirá para a produção de textos.
Sugestões de leitura
BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Org.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: EDUEM, 2009. Desta obra, sugerimos a leitura dos seguintes capítulos: “Afinal, o que é literatura?”, de Mirian Hisae Yaegashi e Vera Helena Gomes Wielewicki; “Operadores de leitura da narrativa”, de Arnaldo Franco Junior; e “Operadores de leitura da poesia”, de Clarice Zamonaro Cortez e Milton Hermes Rodrigues.
CADEMARTORI, Lígia. Períodos literários. 5. ed. São Paulo: Ática, 1991.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 7. ed. São Paulo: Ática, 2003.
GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons, ritmos. 9. ed. São Paulo: Ática, 1995. 1.1.11 Sugestões de sites públicos
DOMÍNIO público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp>. Site que oferece download gratuito de várias obras em domínio público, como a obra completa de Machado de Assis.
ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/>. 1.1.12 Sugestão de filme
SOCIEDADE dos poetas mortos. Direção: Peter Weir. Produção: Steven Haft. Intérprete: Robin Williams. Música: Maurice Jarre. Produzido por Buena Vista Home Entertainment; Touchstone Home Entertainment. 1989. 1 DVD (129 min), Wisdescreen, son., color, NTSC.
Referências
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: ______. Vários escritos. Rio de Janeiro: Duas Cidades: Ouro sobre Azul, 2004. p. 169-191.
COMPAGNON, Antoine. Literatura pra quê? Tradução de Laura Taddei Brandini. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009.
MOTTA, Sérgio Vicente. Gêneros literários. Cadernos de Formação: pedagogia cidadã - Língua Portuguesa, São Paulo, v. 2, p. 83-97, 2004.
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