quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Tema de redação - Evasão universitária

Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a diminuição dos índices de evasão universitária no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I


Evasão universitária no Brasil: causas e possíveis soluções


De acordo com o último Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep em 2017, o número de matrículas na Rede Federal – a maior rede pública em cursos de graduação do Brasil – mais do que dobrou em 10 anos: cresceu mais de 103%. Enquanto isso, a rede privada, que já tem três de cada quatro alunos de graduação no país, voltou a crescer 3% após uma pequena queda em 2016.

Por outro lado, a taxa de evasão universitária preocupa. Na rede pública, ela permanece relativamente estável nos últimos anos, mas alta: em torno de 24% para cursos presenciais e mais de 30% para ensino a distância, de acordo com dados da pesquisa “Evasão no Ensino Superior Brasileiro”, feita pelo Instituto Lobo em 2016.

Já nas instituições particulares, os números de desistência vêm crescendo. Segundo o "Panorama do Ensino Superior Privado do Brasil", realizado pela startup edtech, a evasão no setor privado aumentou 4% entre 2011 e 2016, indo de 19% do total de estudantes para 23%.

As causas para os altos índices, seja na rede pública, seja na privada, são várias: vontade de trocar de curso, falta de recursos e assistência, incapacidade de conciliar o estudo com o trabalho, entre outros. Saiba mais sobre a evasão universitária no Brasil, suas causas e possíveis soluções.

Falta de recursos e assistência


A crise econômica no Brasil e a inadimplência são prováveis responsáveis pelo crescimento da evasão universitária na rede privada, que detém 75% das matrículas em cursos de graduação. Muitos alunos sem bolsa ou com bolsas parciais precisam trabalhar para se manter em faculdades privadas, o que muitas vezes leva a desistências.

Mesmo na rede pública, a falta de assistência estudantil também torna difícil para estudantes de baixa renda familiar continuar a estudar. Já a falta de preparo para receber alunos especiais dificulta a inclusão social no ensino superior e pode levar à desistência desses estudantes.

No caso do ensino a distância, que tem uma média de idade mais elevada do que a modalidade presencial, a dificuldade de conciliar o estudo com o trabalho e a família também são prováveis causadores da crescente evasão universitária. O EaD não para de crescer no país, apresentando um aumento de cerca de 18% na sua participação no total de ingressantes em cursos de graduação entre 2007 e 2012. Ao mesmo tempo, é nessa modalidade que mais crescem as taxas de evasão, que, em algumas instituições, chegam a mais de 50%, segundo o Censo EAD.BR 2017.

Universia Brasil.  Disponível  em: <https://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2019/07/23/1165821/evasao-universitaria-brasil-causas-
possiveis-soluces.html>. Acesso em: 13 ago. 2019. (Adaptado). © Universia 2019.


TEXTO II




Quando nem bolsa integral basta para sonho da faculdade: ‘Será que vou sobreviver?’


Dados mais recentes do Ministério de Educação mostram que desde o início do ProUni até o primeiro semestre de 2017, mais de 115 mil bolsistas deixaram a universidade por evasão. Entre os estudantes negros, essa taxa retrata a realidade de 63 mil alunos (pretos e pardos), ou 54%. entre os estudantes brancos, essa taxa representa 48 mil alunos, ou 41%. A proporção de evasão é semelhante à divisão das vagas nas duas categorias – em 2018, dos 117 mil bolsistas, 71 mil eram pretos e pardos (61%) e 43 mil, brancos (37%).

"A dificuldade no acompanhamento de estudos e a financeira são alguns [motivos] que podem resultar na evasão, como também a ideia do complexo de impostor, que é o entendimento dessas dificuldades como algo individual e não fruto de uma realidade social", explica Dyane Brito Reis, professora e pesquisadora de Acesso e Permanência de Jovens das Comunidades Negras no Ensino Superior da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

BBC. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil- 49273096>. Acesso em: 13 ago. 2019. (Adaptado). Copyright © 2019 BBC. A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo de outros sites.



TEXTO III







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