Este blog é um espaço reservado para todas as questões e vertentes de vestibular na disciplina de Língua Portuguesa em todas as frentes: Literatura, Gramática e Redação. Sou professor de Língua Portuguesa e Inglês com formação em Letras pela PUC-SP, Especialista em Literatura e com Pós-graduação em Leitura e Produção de Texto na Loyola University Chicago. Escritor dos livros: "A divina tragicomédia humana" e "A cabeça do objeto". .
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Trabalho de inglês - Terceiros anos Ensino Médio
Responda a atividade durante a aula. É um simulado da prova de inglês para o ENEM 2019.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfcH7wtZSkEa8p7tKN-LeBH-9BXOAzOcTd-CSvAerR79BNnsQ/viewform?usp=sf_link
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
Simulado - Conhecimentos Gerais Unicamp - Correção automática
Acesse o link e responda 10 questões da prova de conhecimentos gerais da Unicamp, obtenha a correção automática.
Bons estudos!!!
Redação Unicamp 2013 - Carta de leitor
Imagine que, ao ler a matéria “Cães vão tomar uma
‘gelada’ com cerveja pet”, você se sente incomodado por não haver nela nenhuma
alusão aos possíveis efeitos que esse tipo de produto pode ter sobre o consumo
de álcool, especialmente por adolescentes.
Como leitor assíduo, você vem
acompanhando o debate sobre o álcool na
adolescência e decide escrever uma carta
para a seção Leitor do jornal,
criticando a matéria por não mencionar o problema do aumento do consumo de álcool.
Nessa carta, dirigida aos redatores do jornal, você
deverá:
·
fazer menção à matéria publicada, de modo que mesmo
quem não a tenha lido entenda a importância da crítica que você faz;
·
fundamentar a sua crítica com dados apresentados na
matéria “Vergonha Nacional”, reproduzidos adiante.
Atenção: ao assinar a carta, use apenas as
iniciais do remetente.
Cães vão tomar uma “gelada” com cerveja pet
Produto feito especialmente para
cachorros chega ao mercado nacional em agosto
Uniformizado, Manolito não só bebeu a gelada durante o jogo contra o Boca Juniors como latiu sem parar até o fim da partida.
Desenvolvida
pelo centro de tecnologia e formação de cervejeiros do Senai, no Rio de
Janeiro, a bebida canina é feita à base de malte e extrato de carne; não tem
álcool, lúpulo, nem gás
carbônico. O dono da
empresa promete uma linha completa de “petiscos líquidos”, que inclui suco,
vinho e champanhe. A lista de
produtos humanos em versões animais não para de crescer.
Já
existem molhos, tempero para ração e até patê.
O sorvete
Ice Pet é uma boa opção para o verão. A sobremesa tem menos lactose, não tem
gorduras nem açúcar. (Adaptado de Ricardo
Bunduky, Folha de São Paulo, São
Paulo, 22 julh.2012, Cotidiano 3 p.)
Vergonha nacional
As décadas de
descumprimento da lei (...) contribuíram para que os adultos se habituassem a
ver o consumo de bebidas entre adolescentes como “mal menor”, comparado aos
perigos do mundo. (...) Um estudo publicado pela revista Drugs and Alcohol Dependence ouviu 15.000 jovens nas 27 capitais
brasileiras. O cenário que emerge do estudo é alarmante. Ao longo de um ano, um
em cada três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez.
Em 54% dos casos mais recentes, isso ocorreu na sua casa ou na de amigos ou
parentes. Os números confirmam também a leniência com que os adultos encaram a
transgressão. Em 17% dos episódios, os menores estavam acompanhados dos
próprios pais ou de tios.
Resultados da pesquisa
realizada com 15.000 jovens de 14 a 17 anos nas 27 capitais brasileiras
Quantas
vezes se embebedou
|
|
Onde ficou embriagado
(na última vez em que bebeu)
|
|
Com
quem bebeu
(na última vez em que
bebeu)
|
|||
Nenhuma vez
|
12%
|
Bar
|
35%
|
Amigos
|
50%
|
||
Uma vez na vida
|
35%
|
Casa de amigos
|
30%
|
Irmãos e primos
|
26%
|
||
Ao menos uma vez no último ano
|
32%
|
Casa de parentes
|
13%
|
Pais ou tios
|
17%
|
||
Própria casa
|
11%
|
Namorado
|
5%
|
||||
Ao menos uma vez no último mês
|
21%
|
Festas ou praia
|
11%
|
Sozinho
|
2%
|
||
|
|
(Adaptado
de Revista Veja, Editora Abril, São
Paulo, no 28, 11 julh. 2012, p. 81-82.)
Redação Unicamp - 2013 - Resumo
Imagine-se como um estudante de ensino médio de uma escola
que organizará um painel sobre características psicológicas e suas implicações
no plano individual e na vida em sociedade. Nesse painel, destinado à comunidade escolar, cada texto reproduzido será
antecedido por um resumo. Você ficou
responsável por elaborar o resumo que
apresentará a matéria transcrita abaixo, extraída de uma revista de divulgação
científica. Nesse resumo você deverá:
·
apresentar
o ponto de vista expresso no texto, a respeito da importância do pessimismo em
oposição ao otimismo, relacionando esse ponto de vista aos argumentos centrais
que o sustentam.
Atenção: uma vez que a matéria será
reproduzida integralmente, seu texto deve ser construído sem copiar enunciados
da matéria.
PESSIMISMO
Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como
diz o psicólogo americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os
desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem,
explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um
desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura
realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros,
engenheiros de segurança...
Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo
do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a
causa de todo o sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade – um
sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa
vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao
sucesso, então à frustração – e a uma nova vontade.
Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e
passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A
filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa
visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo
– propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O
segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não
tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os
psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá. Um
estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar ainda
mais quando são obrigados a pensar positivamente.
Na
prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma
promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você
está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é
entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior
é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O
filósofo britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que
o otimismo puro e simples: o “otimismo inescrupuloso”. Aquelas utopias* que
levam populações inteiras a aceitar falácias** e resistir à razão. O maior
exemplo disso foi a ascensão do nazismo – um regime terrível, mas
essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza
inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo
inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os
piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.
(Extraído de M. Horta, “O lado
bom das coisas ruins”, em Superinteressante,
São Paulo, no 302, março 2012. http://super.abril.com.br/cotidiano/lado-bom-coisas-ruins-68705.shtml.
Acessado em 2/09/2012.)
* Utopia: projeto de natureza
irrealizável; ideia generosa, porém impraticável; quimera; fantasia.
** Falácia: qualquer enunciado
ou raciocínio falso que, entretanto, simula a veracidade; raciocínio
verossímil, porém falso; engano; trapaça.
1
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
Exercícios de Português Níveis de Linguagem - Com Gabarito (As questões em negrito são dissertativas)
1) (FGV-2001)
Nos três primeiros quadrinhos, a linguagem utilizada é mais
formal e, no último, mais informal.
Assinale a alternativa que traga, primeiro, uma marca da
formalidade e, depois, uma marca da informalidade presentes nos quadrinhos.
a)Vilania; vosso.
b)Vós; você.
c)Estou; você.
d)Tenhais; segui.
e)Notícias; falem.
2)(UFSCar-2002) Texto
1 Até o fim
(Chico Buarque)
Quando eu nasci veio
um anjo safado O chato dum querubim
E decretou que eu
tava predestinado A ser errado assim
Já de saída a minha
estrada entortou Mas vou até o fim.
Texto 2
Poema de Sete Faces
(Carlos Drummond de
Andrade) Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos!
ser gauche na vida. (...)
O anjo é um elemento
comum aos dois textos.
a)De que forma são
tratados os anjos nos textos?
b)Nos versos de Chico
Buarque, o querubim “decretou”; nos de Drummond, o anjo “disse”. Qual
a diferença desses
verbos na caracterização do querubim e do anjo?
3)(Fuvest-2004)
Capitulação Delivery
Até pra telepizza
É um exagero. Há quem
negue?
Um povo com vergonha
Da própria língua
Já está entregue.
(Luís Fernando Veríssimo)
a)O título dado pelo
autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua
resposta.
b)O exagero que o
autor vê no emprego da palavra
“delivery” se
aplicaria também a “telepizza”? Justifique sua resposta.
4)(UFSCar-2004)Precisamos
de um novo
“software” para
acessar o mundo. As soluções que serviam há 30 anos já não valem mais. Os
jovens atuais não copiam nada, pelo contrário: são filhos da era pós-industrial
e estão criando uma nova cultura. Os toques foram dados pelo psicanalista
lacaniano Jorge Forbes, durante a palestra Édipo, adeus: o enfraquecimento do
pai.
Há uma nova ordem
social no mundo. Muitos pais, educadores, psicanalistas, pensadores, todos
ainda apresentam velhas soluções para novos problemas, mas é o momento de
observar as mudanças, de agir de acordo com elas. Forbes lembrou que,
antigamente, o jovem reclamava por não ter liberdade de escolha. Hoje, ele tem
essa liberdade e se sente completamente perdido. Isso leva, entre outras
coisas, às drogas e à depressão.
O jovem moderno é
diferente daquele da geração de 68, que levantava bandeiras e pregava planos de
reforma da educação e da sociedade. A globalização provocou mudanças. Antes, as
pessoas queriam pertencer a grandes corporações ou ter profissões reconhecidas.
Não é mais uma honra ficar no mesmo emprego por mais de cinco anos e acabou
essa história de “sujar a carteira”, termo usado para quem ficava pouco tempo
num só trabalho. A globalização pulverizou os ideais e exige de cada pessoa uma
escolha meio angustiante: será que realmente queremos o que desejamos? No lugar
do papel contestador da geração 68, temos hoje uma geração jovem que exibe
fracasso escolar, menosprezo e desinteresse pelo saber orientado. O jovem não
vê razão em se formar; em ser doutor, bússola da geração dos seus pais. Vivemos
uma vida que foi despadronizada. “Somos passageiros de um novo mundo”,
acrescentou o psicanalista.(Adaptado de Janete
Trevisan, Jornal do Cambuí.)
a)A que se refere a
palavra toques, em Os toques foram dados pelo psicanalista lacaniano Jorge
Forbes?
b)Construa uma frase
com a palavra toque, no sentido empregado pela autora.
5)(UFSCar-2004) Texto
idem ao 4
A autora utiliza
alguns elementos da tecnologia para traduzir seu pensamento no texto.
a)Transcreva um
trecho em que isso acontece.
b)Qual o sentido, no
último parágrafo do texto, da frase
Vivemos uma vida que
foi despadronizada?
6)(Fuvest-1994)
"A princesa Diana já passou por poucas e boas. Tipo quando seu ex-marido
Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o
mundo." (Folha de S. Paulo, 5/11/93)
No texto acima, há
expressões que fogem ao padrão culto da língua escrita.
a)Identifique-as.
b)Reescreva-as
conforme o padrão culto.
7)(Fatec-1995) "Ela insistiu:
-Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala do personagem para o discurso
indireto, a alternativa correta é:
a)Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b)Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c)Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d)Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e)Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
8)(Fuvest-2001) “As
pessoas ficam zoando, falando que a gente não conseguiria entrar em mais nada,
por isso
vamos prestar
Letras”, diz a candidata ao vestibular. Entre os motivos que a ligaram à carreira
estão o gosto por literatura e inglês, que estuda há oito anos.(Adaptado da Folha de S. Paulo, 22/10/00)
a)As aspas assinalam,
no texto acima, a fala de uma pessoa entrevistada pelo jornal. Identifique duas
marcas de coloquialidade presentes nessa fala.
b)No trecho que não
está entre aspas ocorre um desvio em relação à norma culta. Reescreva o trecho,
fazendo a correção necessária.
9)(Fuvest-2002) “O
que dói nem é a frase (Quem paga seu salário sou eu), mas a postura arrogante.
Você fala e o aluno nem presta atenção, como se você fosse uma
empregada.”(Adaptado de entrevista dada por uma professora. Folha de S. Paulo,
03/06/01)
a)A quem se refere o
pronome você, tal como foi usado pela professora?
Esse uso é próprio de
que variedade linguística?
b)No trecho como se
você fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminação social?
Justifique sua resposta.
10)(FGV-2001) A concisão é uma qualidade da comunicação.
Transcreva as frases abaixo, mas elimine o que for redundante.
a)Compre dois sabonetes e ganhe grátis o terceiro.
b)O jogador encarou de frente o adversário.
c)O advogado é um elo de ligação entre o cliente e a
Justiça.
d)Certos países do mundo vivem em constante conflito.
e)No momento não temos esse produto, mas vamos recebê-lo
futuramente.
11)(Enem Cancelado-2009) A escrita é uma das formas de
expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades:
informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento
acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se
necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que você está à
procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos
funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao
redigi-la, você
a)fará uso da linguagem metafórica.
b)apresentará elementos não verbais.
c)utilizará o registro informal.
d)evidenciará a norma padrão.
e)fará uso de gírias.
A linguagem
na ponta da língua tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele e quem sabe, e vai desmatando
10 o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática,
esquemáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 1Ja esqueci a
língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada do namoro com a
priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1979.
No poema, a referência a variedade padrão da língua está
expressa no seguinte trecho:
a)“A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).
b)“A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e
6).
c)“[a lingua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).
d)“[a lingua] em que levava e dava pontapé” (v.15).
e)“[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).
13)(Unicamp-1998) A
transcrição que você vai ler a seguir foi retirada de uma aula de História
Contemporânea ministrada no Rio de Janeiro no final da década de 70. Como se
trata de um texto falado, é bastante entrecortado e repetitivo, características
tidas como inapropriadas para a língua escrita. Leia o trecho como se você
estivesse "ouvindo" a aula; em seguida,
a)responda com uma
única frase: qual é o principal propósito da passagem transcrita?
b)elimine os traços
de oralidade do texto e resuma a aula no máximo em 30 palavras.
14)(UFSCar-2000) A
tribo se acabara, a família virara sombras, a maloca ruíra minada pelas saúvas
e Macunaíma subira pro céu, porém ficara o aruaí do séquito daqueles tempos de
dantes em que o herói fora o grande Macunaíma imperador. E só o papagaio no
silêncio do Uraricoera preservava do esquecimento os casos e a fala
desaparecida. Só o papagaio conservava no silêncio as frases e os feitos do
herói.
Tudo ele contou pro
homem e depois abriu asa rumo de Lisboa. E o homem sou eu, minha gente, e eu
fiquei pra vos contar a história. Por isso que vim aqui. Me acocorei em riba
destas folhas, catei meus carrapatos, ponteei na violinha e em toque rasgado
botei a boca no mundo cantando na fala impura as frases e os casos de
Macunaíma, herói de nossa gente.
Tem mais não.
(Mário de Andrade:
Macunaíma - o herói sem nenhum caráter. Edição crítica de Telê Porto Ancona
Lopez. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Secretaria de
Cultura, Ciência e Tecnologia, 1978, p. 148.)
No texto, o narrador
qualifica a sua linguagem como fala impura, ou seja, como linguagem mal
tolerada pelos gramáticos do começo do século, principalmente por aqueles que
defendiam o parnasianismo e o realismo acadêmico.
a)Destaque três
expressões do segundo parágrafo que exemplificam a fala impura.
b)Explique por que
essas expressões podem ser consideradas exemplos de fala impura e, em seguida,
transforme-as em fala pura.
15)(Fuvest-1997) A única frase inteiramente de acordo com as
normas gramaticais do padrão culto é:
a)A secretária pretende evitar que novos mandados de
segurança ou liminares contra o decreto sejam expedidas.
b)O CONTRU interditou várias dependências do prédio,
inclusive o Salão Azul, cujo o madeiramento do forro foi atacado por cupins.
c)O ministro da Agricultura da Inglaterra declarou que por
hora não há motivo para sacrificar os animais.
d)A poucos dias da eleição, os candidatos enfrentam agora
uma verdadeira maratona.
e)"Posso vencê-las, mesmo que usem drogas, pois não é
isso que as tornarão invencíveis", declarou a nadadora.
16)(Fuvest-2001)
a) “Se eu não tivesse
atento e olhado o rótulo, o paciente teria morrido”, declarou o médico.
Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre.
b) A econologia,
combinação de princípios da economia, sociologia e ecologia, é defendida por
ambientalistas como maneira de se viabilizarem formas alternativas de
desenvolvimento.
Reescreva a frase
acima, transpondo-a para a voz ativa.
17)(Fuvest-1999)
Amantes dos antigos bolachões penam não só para encontrar os discos, que ficam
a cada dia mais raros. A dificuldade aparece também na hora de trocar a agulha,
ou de levar o toca-discos para o conserto. (Jornal da Tarde,
22/10/98, p. 1C)
a)Tendo em vista que
no texto acima falta paralelismo sintático, reescreva-o em um só período,
mantendo o mesmo sentido e fazendo as alterações necessários para que o
paralelismo se estabeleça.
b)Justifique as
alterações efetuadas.
18)(ENEM-2007) Antigamente
Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando
perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar
a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica,
feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos,
lombrigas (...)Carlos
Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia José
Aguilar, p. 1.184.
O texto acima está escrito em linguagem de uma época
passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual.
Antigamente
Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal,
mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a
receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose,
feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos,
vermes (...)
Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda
versão, houve mudanças relativas a
a)vocabulário.
b)construções sintáticas.
c)pontuação.
d)fonética.
e)regência verbal.
19)(Fuvest-2002) As aspas marcam o uso de uma palavra ou
expressão de variedade lingüística diversa da que foi usada no restante da
frase em:
a)Essa visão desemboca na busca ilimitada do lucro, na
apologia do empresário privado como o “grande herói” contemporâneo.
b)Pude ver a obra de Machado de Assis de vários ângulos, sem
participar de nenhuma visão “oficialesca”.
c)Nas recentes discussões sobre os “fundamentos” da economia
brasileira, o governo deu ênfase ao equilíbrio fiscal.
d)O prêmio Darwin, que “homenageia” mortes estúpidas, foi
instituído em 1993.
e)Em fazendas de Minas e Santa Catarina, quem aprecia o
campo pode curtir o frio, ouvindo “causos” à beira da fogueira.
20)(IME-1996) AS
CARIDADES ODIOSAS
Foi uma tarde de
sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada
nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve:
alguma coisa enganchara na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão
pequena e escura. Pertencia a uma menino a que a sujeira e o sangue interno
davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande
confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas,
informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um
pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o
olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança que me ceifara os pensamentos.
-Um doce, moça,
compre um doce para mim.
Acordei finalmente. O
que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido
deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para
qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria
uns goles de água.
Sem olhar para os
lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde
possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com
uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
De que tinha eu medo?
Eu não olhava a criança, queria que a cena, humilhante para mim terminasse
logo.
Perguntei-lhe: que
doce você...
Antes de terminar, o
menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por
cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à
caixeira que o servisse.
-Que outro doce você
quer? perguntei ao menino escuro. Este, que mexendo as mãos e a boca ainda
esperava com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e
disse com delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro
não. Ele poupava a minha bondade.
-Precisa sim, cortei
eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo
de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levantando as duas acima da cabeça, com
medo talvez de apertá-los. Mesmo os doces estavam tão acima do menino escuro. E
foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeira
olhava tudo:
-Afinal uma alma
caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando
todas as pessoas que passavam, mas ninguém quis dar.
Fui embora, com o
rosto corada de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos
pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão,
revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais
força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso fora necessário um menino
magro e escuro... E para isso fora necessário que outros não lhe tivessem dado
um doce.
E as pessoas que
tomavam sorvete? Agora, o que eu queria saber com autocrueldade era o seguinte:
temera que os outros me vissem ou que os outros não me vissem? O fato é que,
quando atravessei a rua, o que teria sido piedade já se estrangulara sob outro
sentimento. E, agora sozinha, meus pensamentos voltaram lentamente a ser os
anteriores, só que inúteis.
"Ele poupava a
minha bondade".
No texto. Que atitude
do menino levou a narradora a essa constatação?
21)(Fatec-2002) AS COUSAS DO MUNDO
Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
(Gregório de Matos Guerra, Seleção de Obras Poéticas)
Devido quer aos hábitos lingüísticos quer às preferências
literárias de sua época, o autor vale-se de algumas palavras e expressões que
poderiam ser “traduzidas” para uma forma contemporânea e mais corrente.
Assinale a alternativa em que aparece o equivalente de sentido adequado ao
contexto:
a)“[...] ao nobre o vil decepa”= o nobre corta o mal pela
raiz.
b)“[...] é mais rico o que mais rapa” = é tanto mais rico
aquele que rouba mais.
c)“Quem mais limpo se faz, tem mais carepa” = quem mais se
limpa, mais perde cabelos.
d)“O velhaco maior sempre tem capa” = idosos têm mais
necessidade de agasalho.
e)“A flor baixa se inculca por tulipa” = a flor rasteira
teima em crescer mais alto.
22)(ENEM-2005) As dimensões continentais do Brasil são
objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no
seguinte poema:
“(....)
Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas
arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem se
o quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! ( )”
(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo:
Martins Editora, 1980.)
O texto poético ora reproduzido trata das diferenças
brasileiras no âmbito
a)étnico e religioso.
b)lingüístico e econômico.
c)racial e folclórico.
d)histórico e geográfico.
e)literário e popular.
23)(ITA-2000) Assinale a opção em que a manchete de jornal
está mais em acordo com os cânones da ‘‘objetividade jornalística’’:
a)O mestre do samba volta em grande forma O Estado de S.
Paulo, 17/7/1999.)
b)O pior do sertão na festa dos 500 anos (O Estado de S.
Paulo, 17/7/1999.)
c)Proteína direciona células no cérebro (Folha de S. Paulo,
24/7/1999.)
d)A farra dos juros saiu mais cara que a da casa própria
(Folha de S. Paulo, 13/6/1999.)
e)Dono de telas ‘‘falsas’’ diz existir ‘‘armação’’ O Estado
de S. Paulo, 21/7/1999.)
24)(UEPB-2006) Assinale o item que encerra linguagem
exclusivamente padrão:
a)“No Brasil já existe uma alface que pode servir de vacina
contra a leishmaniose, doença que contamina 12 milhões de pessoas por ano em
todo o planeta.”
(Veja, n. 20, ano 38, 18/05/05)
b)Xiiiiiii Acabei de enviar o e-mail pra todo mundo. E
agora?
ESSA ERA JÁ ERA.
(Publicidade - Veja, n. 20, ano 38, 18/05/05)
c)A sua é escalar o Himalaia?
A sua é dropar Fernando de Noronha? A sua é o Terra.
(Publicidade - Veja, n. 20, ano 38, 18/05/05)
d)“Equador, do jornalista, romancista e tevê-man português
Miguel Sousa Tavares, já vendeu mis exemplares.”
(Millôr - Veja, n. 20, ano 38, 18/05/05)
e)“Quando eu disse que era para cortar os pulsos, eu tava
falando da conta telefônica.”
(Veja, n. 20, ano 38, 18/05/05)
pode-se dizer que:
a)A regra da uniformidade do tratamento é respeitada, e o
estilo da frase revela a linguagem regional do autor.
b)O desrespeito à norma sempre revela falta de conhecimento
do idioma; nesse caso não é diferente.
c)O correto seria dizer Você não me ensinou a lhe esquecer.
d)Não deveria ocorrer a preposição nessa frase, já que o
verbo ensinar é transitivo direto.
eDesrespeita-se a regra da uniformidade de tratamento. Com
isso, o estilo da frase acaba por aproximar- se do da fala.
26)(UFV-2005) Cair no
vestibular é muito mais do que um escritor menos-que-perfeito pode aspirar na
vida. Escritores menos-que-perfeitos, caso você não saiba, são aqueles que se
negam a usar a forma sintética do mais- que-perfeito. Um escritor menos-que-perfeito
jamais “fizera”, nunca “ouvira” e em hipótese nenhuma “falara”. E no Brasil, se
você é um sujeito que “escrevera”, você é respeitado; mas, se você apenas
“tinha escrito”, então você não é nada, e só cai no vestibular por engano.
(FREIRE, Ricardo. Xongas. Época. São Paulo, 28 jun 2004.)
a)No texto, o autor
distingue escritores menos-que- perfeitos de escritores mais-que-perfeitos. Por
que o autor se define como um escritor menos-que-perfeito? Que justificativa o
autor teria para optar por uma forma verbal coloquialmente mais simples?
b)“Cair no vestibular
é muito mais do que um escritor menos-que-perfeito pode aspirar na vida.” Explique
o emprego do termo aspirar no fragmento acima.
27)(Mack-2007) Certa vez, chamaram minha atenção para um
erro de português no samba Comprimido. É a crônica de um sujeito que briga com
a mulher. Ela dá uma dentada nele, que resolve deixar a marca para provar a
agressão. Ganhou esse nome para enfatizar a idéia de que o indivíduo estava
“pressionado”, a ponto de tomar um comprimido e morrer. Lá pelo fim do texto,
há o erro: “Noite de samba/ Noite comum de novela/ Ele chegou/ Pedindo um copo
d´água/ Pra tomar um comprimido/ Depois cambaleando/ Foi pro quarto/ E se
deitou/ Era tarde demais/ Quando ela percebeu que ele se envenenou”. Então me
deram um toque. Aí, tentei mudar. Nada encaixava. Um desespero. Aí decidi
deixar assim, com erro mesmo. Nunca reclamaram.
Adaptado de entrevista de Paulinho da Viola
O texto permite afirmar, com correção, que
a)há um contraste entre o nível de linguagem do relato e o
da canção; nesta, o autor usa de maior de informalidade.
b)a entrevista apresenta, como marca de oralidade, o uso de
aí (linhas 10 e 11) para conectar partes da narrativa.
c)a letra de Comprimido apresenta diversos deslizes em
relação à concordância.
d)a inversão da ordem comum nas frases que compõem os versos
de Comprimido serve para criar suspense em relação ao desfecho da história.
e)o entrevistado relata o que lhe aconteceu certa vez
dispondo os fatos em ordem cronológica, sem fazer uso de interrupções,
explicações ou comentários.
28)(UEPB-2006) Com base nos textos da questão anterior,
seria apropriado, portanto, afirmar:
a)Expressões como JÁ ERA, A SUA, MIS e TAVA são
inadmissíveis em textos de divulgação.
b)Os meios de comunicação estão cada vez mais desprezando a
linguagem correta, usando gírias e outros vícios de linguagem.
c)O uso de gírias pela mídia contribui para as deformações
constantes que se observam na língua portuguesa.
d)Os usos da língua estão estreitamente ligados a sua função
social.
e)Expressões como JÁ ERA, A SUA, MIS e TAVA provam o
analfabetismo de nossa população.
30)(UFSC-2006) Dentre as proposições abaixo, algumas ferem a
norma padrão. Assinale aquelas que não apresentam desvio gramatical.
01.Se todos houvessem seguido as normas, não haveria tantas
reclamações.
02.O desrespeito à natureza é tanto que, naquele lugar, já
não existem animais daquela espécie.
04. Havia apenas uma saída para o problema, mas outras
poderiam haver caso analisássemos o problema com mais calma.
08.O desafio que me refiro implica em fazer escolhas.
16.Restabelecer-se-iam, de imediato, as ligações, se
houvessem técnicos de plantão.
32.Hão de trazer o que me prometeram! Ora, se hão!
A soma dos valores
atribuídos à(s) proposição(ões) verdadeira(s) é igual a
31)(UFPB-2006) Em algumas narrativas da obra Oito contos de
amor, de Lygia Fagundes Telles, a sondagem psicológica das personagens se
realiza através do uso do fluxo de consciência, técnica narrativa que introduz
inovações na prosa moderna. Identifique a(s) proposição(ões) verdadeira(s),
relativa(s) ao uso dessa técnica:
01. As fronteiras entre passado e presente, realidade e
imaginação são bem delimitadas.
02. Os acontecimentos aparecem em ordem cronológica e se
passam apenas no plano da realidade.
04.Os momentos de vivência interior dos personagens são
explorados, misturando-se realidade e fantasia.
08.Os fatos são apresentados em uma ordem linear, ocorrendo
uma distinção entre presente e passado.
16.A sequência lógica dos acontecimentos se perde,
permitindo o curso livre dos pensamentos dos personagens.
A soma dos valores atribuídos à(s) proposição(ões)
verdadeira(s) é igual a
Gabarito
Tema de redação - Evasão universitária
Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Desafios para a
diminuição dos índices de evasão universitária no Brasil”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO
I
Evasão universitária no Brasil: causas e possíveis soluções
De acordo com o
último Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep em 2017, o número de
matrículas na Rede Federal – a maior rede pública em cursos de graduação do
Brasil – mais do que dobrou em 10 anos: cresceu mais de 103%. Enquanto isso, a
rede privada, que já tem três de cada quatro alunos de graduação no país,
voltou a crescer 3% após uma pequena queda em 2016.
Por
outro lado, a taxa de evasão universitária preocupa. Na rede pública, ela
permanece relativamente estável nos últimos anos, mas alta: em torno de 24%
para cursos presenciais e mais de 30% para ensino a distância, de acordo com
dados da pesquisa “Evasão no Ensino Superior Brasileiro”, feita pelo Instituto
Lobo em 2016.
Já nas instituições particulares, os números de desistência
vêm crescendo. Segundo o "Panorama do Ensino Superior Privado do
Brasil", realizado pela startup edtech, a evasão no setor privado aumentou
4% entre 2011 e 2016, indo de 19% do total de estudantes para 23%.
As
causas para os altos índices, seja na rede pública, seja na privada, são
várias: vontade de trocar de curso, falta de recursos e assistência,
incapacidade de conciliar o estudo com o trabalho, entre outros. Saiba mais
sobre a evasão universitária no Brasil, suas causas e possíveis soluções.
Falta de recursos e assistência
A
crise econômica no Brasil e a inadimplência são prováveis responsáveis pelo
crescimento da evasão universitária na rede privada, que detém 75% das
matrículas em cursos de graduação. Muitos alunos sem bolsa ou com bolsas parciais precisam trabalhar para se manter
em faculdades privadas, o que muitas vezes leva a desistências.
Mesmo
na rede pública, a falta de assistência estudantil também torna difícil para
estudantes de baixa renda familiar continuar a estudar. Já a falta de preparo
para receber alunos especiais dificulta a inclusão social no ensino superior e
pode levar à desistência desses estudantes.
No
caso do ensino a distância, que tem uma média de idade mais elevada do que a
modalidade presencial, a dificuldade de conciliar o estudo com o trabalho e a
família também são prováveis causadores da crescente evasão universitária. O
EaD não para de crescer no país, apresentando um aumento de cerca de 18% na sua
participação no total de ingressantes em cursos de graduação entre 2007 e 2012.
Ao mesmo tempo, é nessa modalidade que mais crescem as taxas de evasão, que, em
algumas instituições, chegam a mais de 50%, segundo o Censo EAD.BR 2017.
Universia
Brasil. Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2019/07/23/1165821/evasao-universitaria-brasil-causas-
possiveis-soluces.html>.
Acesso em: 13 ago. 2019. (Adaptado).
© Universia 2019.
TEXTO II
Quando nem bolsa integral basta para
sonho da faculdade: ‘Será que vou sobreviver?’
Dados
mais recentes do Ministério de Educação mostram que desde o início do ProUni
até o primeiro semestre de 2017, mais de 115 mil bolsistas deixaram a
universidade por evasão. Entre os estudantes negros, essa taxa retrata a
realidade de 63 mil alunos (pretos e pardos), ou
54%. Já entre os estudantes brancos, essa taxa representa
48 mil alunos, ou 41%. A proporção
de evasão é semelhante à divisão das vagas nas duas categorias – em 2018, dos
117 mil bolsistas, 71 mil eram pretos
e pardos (61%) e 43 mil, brancos (37%).
"A
dificuldade no acompanhamento de estudos e a financeira são alguns [motivos]
que podem resultar na evasão, como também a ideia do complexo de impostor, que
é o entendimento dessas dificuldades como algo individual e não fruto de uma
realidade social", explica Dyane Brito Reis, professora e pesquisadora de
Acesso e Permanência de Jovens das Comunidades Negras no Ensino Superior da
Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).
BBC.
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
49273096>. Acesso em: 13 ago. 2019.
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TEXTO III
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