Simbolismo
Movimento essencialmente poético do fim do século XIX, o simbolismo representa uma ruptura artística radical com a mentalidade cultural do Realismo-Naturalismo, buscando fundamentalmente retomar o primado das dimensões não-racionais da existência.
Para tanto, o simbolismo redescobre e redimensiona a subjetividade, o sentimento, a imaginação, a espiritualidade; busca desvendar o subconsciente e o inconsciente nas relações misteriosas e transcendentes do sujeito humano consigo próprio e com o mundo.
Numa visão mais ampla, tanto no campo da filosofia e das ciências da natureza quanto no campo das ciências humanas, a desconstrução das teorias racionalistas faz-se notar, seja por meio da física relativista de Einstein, da psicologia do inconsciente de Freud ou das tórias filosóficas de Schopenhauer e de Friedrich Nietzsche.
Assim, o surgimento do simbolismo por um lado reflete a grande crise dos valores racionalistas da civilização burguesa, no contexto da virada do século XIX para o século XX, e por outro inicia a criação de novas propostas estéticas precursoras da arte da modernidade.
Cronologia:
Século XIX
Portugal: Publicação de Oaristo (1890) de Eugênio de Castro.
1915: Ano da Proclamação da República, com a publicação da Revista Orpheu.
Brasil:
1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Sousa. Cabe lembrar que a poesia simbolista não teve no Brasil a mesma aceitação que na Europa. A divulgação dessa estética ocorreu paralela ao Parnasianismo.
1902, com a publicação de Canaã, de Graça Aranha.
Portugal: Publicação de Oaristo (1890) de Eugênio de Castro.
1915: Ano da Proclamação da República, com a publicação da Revista Orpheu.
Brasil:
1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Sousa. Cabe lembrar que a poesia simbolista não teve no Brasil a mesma aceitação que na Europa. A divulgação dessa estética ocorreu paralela ao Parnasianismo.
1902, com a publicação de Canaã, de Graça Aranha.
ORIGENS DO SIMBOLISMO
Ao longo da década de 1890, desenvolveu-se na França um movimento estético a princípio apelidado de "decadentismo" e depois "Simbolismo". Por muitos aspectos ligado ao Romantismo e tendo berço comum ao Parnasianismo ("Parnasse Contemporain", 1866), o Simbolismo gerou-se quando escritores passaram a considerar que o Positivismo de Augusto Comte e o demasiado uso da ciência e do ateísmo (procedimentos do Realismo) não conseguiam expressar completamente o que acontecia com o homem e a Natureza.
A França foi o berço do Simbolismo, que se manifestou no satanismo e no spleen de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelaire; no mistério e na destruição da linguagem linear de Um lance de Dados e de Tardes de um Fauno de Stéphane Mallarmé; no marginalismo de Outrora e Agora, de Paul Verlaine e ainda no amoralismo de Uma Temporada no Inferno, de Jean Nicolas Rimbaud. Segundo algumas fontes, Edgar Allan Poe é considerado o precursor desse movimento, por ter influenciado nas obras de Baudelaire.}
O SIMBOLISMO EM PORTUGAL
Em 1915, Portugal entra oficialmente no Modernismo com o lançamento da revista “Orpheu”. Antes, em 1890, o país iniciou forte vivência literária no Simbolismo que iniciou com a publicação do livro de poemas “Oaristos” (diálogo amoroso), de Eugênio Castro.
Portugal passou por crise econômica entre os anos de 1890 e 1891, descrédito em sua monarquia e assim como ocorrera com o Simbolismo brasileiro, a literatura simbolista portuguesa foi influenciada pela França, berço do Simbolismo. Nesta época surge o grupo “Os Vencidos da Vida” formado por Eça de Queirós, Guerra Junqueira e outros escritores que tinham uma visão depressiva e melancólica da realidade.
Eugênio de Castro, autor da “Oaristos”, nasceu em Coimbra, em 1869. Viveu em Paris, onde absorveu a tendência simbolista, era formado em letras e exerceu o magistério, morreu em 1944.
Antônio Nobre nasceu na cidade do Porto, em 1867, sua única obra publicada em vida foi a obra “Só”, em 1892. Assim como Eugênio de Castro, Também viveu em Paris, e trabalhou como diplomata, falecendo depois de retornar a Portugal, em 1900.
Camilo Pessanha é o terceiro autor mais destacado do Simbolismo português, nasceu na cidade de Coimbra em 1867, onde formou-se em direito. O mais curioso em sua biografia é o fato de ter trabalhado em Macau, colônia portuguesa na China, onde exerceu a advocacia e o magistério, consumia ópio e faleceu de tuberculose em 1926.
Principais representantes do Simbolismo em Portugal
Além de Raul Brandão, um dos raros escritores de prosa simbolista, na verdade prosa poética, representada pela trilogia que compreende as obras A farsa, Os pobres e Húmus, Eugênio de Castro, Antônio Nobre e Camilo Pessanha são os poetas mais expressivos do simbolismo em Portugal.
Camilo Pessanha
Em 1891, concluiu o curso de Direito na Universidade de Coimbra. Em 1894, radicou-se em Macau como professor de Filosofia, no liceu local. De grande sensibilidade e de uma apatia que nem as misérias da vida estimulavam, refugiou-se do convívio social e, para quebrar sua solidão povoada de fracassos e inibições, mas vibrante aos lampejos da beleza, recorreu ao inebriamento do ópio e à ligação afetiva com uma chinesa. Escreveu poemas e sonetos de uma perfeição formal modelar. Seu volume China. Estudos. Traduções (1944) contém ensaios sobre a China e oito elegias chinesas. Tendo convivido em Coimbra com poetas como Eugênio de Castro, Antônio Nobre, Alberto de Oliveira e A. Osório de Castro, assistiu à eclosão do movimento simbolista em Portugal, dando, porém, colaboração esparsa e escassa a revistas e jornais. Escrevia poesia para si próprio, para se libertar dos fantasmas que o oprimiam, decorrendo disso o fato de não cuidar de sua divulgação, nem mesmo de sua escrita, contentando-se com retê-la de memória. Os poemas do volume Clepsidra (1920), depois de transcritos pelo futuro poeta J. de Castro Osório, foram publicados e vieram a lume graças à escritora Ana de Castro Osório, sendo reeditados com o título Clepsidra e Outros Poemas (1969). Camilo Pessanha é o representante mais genuíno do simbolismo e um dos vultos mais significativos da poesia portuguesa.
Eugênio de Castro
Eugênio de Castro e Almeida nasceu em Coimbra no dia 4 de março de 1869. É considerado o introdutor do Simbolismo em Portugal.
Licenciou-se em Letras na Universidade de Coimbra e após o término do curso ocupou alguns cargos diplomáticos. No entanto, devido à sua paixão pelo ensino dedicou-se ao professorado, primeiro no ensino particular e posteriormente na Universidade.
Em Coimbra foi co-fundador da revista internacional A Arte, onde foi diretor entre 1895 e 1896, onde colaboraram, entre outros, Verlaine e Mallarmé, e foi também colaborador do jornal O Dia.
Eugênio de Andrade publicou os seus primeiros trabalhos de poesia, em 1884, aos 15 anos de idade, atingindo o momento mais alto da sua obra em 1900 com Constança.
Faleceu em em Coimbra no dia 17 de agosto de 1944.
Sua obra pode ser dividida em duas fases: na primeira fase ou fase Simbolista, que corresponde a sua produção poética até o final do século XIX, Eugênio de Castro definiu algumas características da Escola Simbolista, como por exemplo o uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical.
Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado à Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal.
Licenciou-se em Letras na Universidade de Coimbra e após o término do curso ocupou alguns cargos diplomáticos. No entanto, devido à sua paixão pelo ensino dedicou-se ao professorado, primeiro no ensino particular e posteriormente na Universidade.
Em Coimbra foi co-fundador da revista internacional A Arte, onde foi diretor entre 1895 e 1896, onde colaboraram, entre outros, Verlaine e Mallarmé, e foi também colaborador do jornal O Dia.
Eugênio de Andrade publicou os seus primeiros trabalhos de poesia, em 1884, aos 15 anos de idade, atingindo o momento mais alto da sua obra em 1900 com Constança.
Faleceu em em Coimbra no dia 17 de agosto de 1944.
Sua obra pode ser dividida em duas fases: na primeira fase ou fase Simbolista, que corresponde a sua produção poética até o final do século XIX, Eugênio de Castro definiu algumas características da Escola Simbolista, como por exemplo o uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical.
Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado à Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal.
ALGUMAS OBRAS DO AUTOR
- Cristalizações da Morte (1884)
- Oaristos (1890)
- Horas (1891)
- Sylva (1894)
- Interlúnio (1894)
- Belkiss (1894)
- Tirésias (1895)
- Sagramor (1895)
- Salomé e Outros Poemas (1896)
- A Nereide de Harlém (1896)
- O Rei Galaor (1897)
- Saudades do Céu (1899)
- Constança (1900)
- A Fonte do Sátiro (1908),
- O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis (1916)
- Camafeus Romanos (1921)
- Tentação de São Macário (1922)
- Canções desta Negra Vida (1922)
- Cravos de Papel (1922)
- A mantilha de Medronhos (1923)
- A Caixinha das Cem Conchas (1923)
- Éclogas (1929)
- Últimos Versos (1938)
O SIMBOLISMO NO BRASIL
Iniciado oficialmente em 1893, com a publicação de Missal (prosa poética) e Broquéis, de Cruz e Souza, considerado o maior representante do movimento no país, ao lado de Alphonsus de Guimarães, o Simbolismo brasileiro, segundo alguns autores, não foi tão relevante quanto o europeu. Em outras palavras, não conseguiu substituir os cânones da literatura oficial, predominantemente realista e parnasiana.
Esse fenômeno não é difícil de entender: a ênfase no primitivo e no inconsciente desta poesia, seu caráter universalizante e ao mesmo tempo intimista, não respondiam às questões nacionais.
Por outro lado, entretanto, pelas mesmas características mencionadas, as manifestações simbolistas no Brasil, especialmente no Sul, terra de Cruz e Souza, possuem uma aura de "seita", com verdadeiras sociedades secretas cujos ritos, jargões e nomes sugerem os traços essenciais do movimento (por exemplo: "Romeiros da Estrada de São Tiago", "Magnificentes da palavra de escrita", etc).
Movimento de cunho idealista, o Simbolismo teve que enfrentar no Brasil a atmosfera de oposição e hostilidade criada pelo Zeitgeist realista e positivista dominante desde 1870. O prestígio do parnasianismo não deixou margem para que se reconhecesse o movimento simbolista e avaliasse o seu valor e alcance, tão importantes que a sua repercussão e influência remotas são notórias em relação à literatura modernista. O Simbolismo foi abafado pela ideologia dominante e os adeptos do simbolismo sofreram sob forte oposição.
Principais características do Simbolismo
· Retorno à segunda fase romântica que ficou conhecida como mal do século. No entanto, o Simbolismo foi mais profundo no universo metafísico do que a geração marcada por Álvares de Azevedo.
· Apesar da métrica definida, o Simbolismo desrespeitava a gramática com o intuito de não limitar o artista.
· Atenção exclusiva ao “eu”, explorando-o através de uma linguagem pessimista e musical, de modo que a carga emotiva das palavras é ressaltada. A poesia é aproximada da música pelo uso de aliterações.
Principais representantes do Simbolismo no Brasil
Cruz e Sousa
Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados, nasceu livre. Foi criado como filho adotivo do Marechal-de-Campo Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa, de quem herdou o sobrenome. Aos sete anos fez seus primeiros versos. Aos oito anos declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez anos, matriculou-se no colégio Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou durante 5 anos.
Em 1877, Cruz e Sousa dá aulas particulares e começa a publicar seus versos em jornais da província. Em 1881, funda junto com Virgílio Várzea e Santos Lostada, o jornal literário "Colombo". Durante dois anos percorreu várias cidades brasileiras, junto com a Companhia Dramática Julieta dos Santos. Lê pela primeira vez Baulelaire, Leconte de Lisle, Leopardi, Guerra Junqueiro e Antero de Quental.
Em 1883, aproxima-se do então presidente de Santa Catarina, Gama Rosa. Em 1884 é nomeado promotor de Laguna, mas foi recusado pelos políticos e não toma posse. Nessa época Cruz e Sousa já se destacava como fervoroso conferencista pró abolição.
Cruz e Sousa estréia, em 1885, em parceria com Virgílio Várzea, o livro "Tropos e Fantasias". Nesse mesmo ano assume a direção do jornal "O Moleque". No ano da abolição, 1888, o poeta vai para o Rio de Janeiro, onde em 1890 fixa residência definitivamente, trabalhando como arquivista na Central do Brasil.
Em 1893 casa-se com Gravita Rosa Gonçalves. Em fevereiro desse mesmo ano, publica "Missal", poemas em prosa, e em agosto publica "Broquéis", versos. Com eles Cruz e Sousa rompia com o Parnasianismo e introduzia o Simbolismo, em que a poesia aparece repleta de musicalidade, fazendo surgir um movimento de revitalização da vida espiritual do ser humano.
Em 1905, seu grande amigo e admirador, Nestor Vítor, publicou, a obra maior do poeta, "Últimos Sonetos", em Paris. A crítica francesa o considerou um dos mais importantes simbolistas da poesia ocidental. Sua obra completa, "Cruz e Souza, Obra Completa" foi publicada num volume de mais de oitocentas páginas, em comemorações do centenário de seu nascimento.
João da Cruz e Sousa morreu de tuberculose, em Estação do Sítio, Minas Gerais, no dia 14 de março de 1898.
OBRAS
Tropos e Fantasias, poesia em prosa, 1885
Missal, poesia em prosa, 1893
Broquéis, poesia, 1893
Evocação, poesia em prosa, 1898
Faróis, poesia, 1900, póstuma
Últimos Sonetos, poesia, 1905, póstuma
Outras evocações, poesia em prosa, 1961, póstuma
O Livro Derradeiro, poesia em prosa, 1961, póstuma
Dispersos, poesia em prosa, 1961, póstuma
Cruz e Sousa, Obra Completa, 1961, póstuma
Broquéis, poesia, 1893
Evocação, poesia em prosa, 1898
Faróis, poesia, 1900, póstuma
Últimos Sonetos, poesia, 1905, póstuma
Outras evocações, poesia em prosa, 1961, póstuma
O Livro Derradeiro, poesia em prosa, 1961, póstuma
Dispersos, poesia em prosa, 1961, póstuma
Cruz e Sousa, Obra Completa, 1961, póstuma
Alphonsus de Guimaraens
Afonso Henriques da Costa Guimarães era filho de um português e uma brasileira. Estudou direito em São Paulo, onde concluiu o curso em 1895. Voltou para Minas Gerais para exercer a função de juiz durante toda a vida, primeiro em Conceição do Serro, depois em Mariana, onde viveu até a morte, com sua esposa e quatorze filhos.
Era grande admirador de Cruz e Souza, tendo inclusive, viajado para o Rio de Janeiro, apenas para conhecê-lo. Fez parte do grupo simbolista de São Paulo e sua poesia é marcada pela espiritualidade, sendo considerado um poeta místico, porque sua obra apresenta uma atmosfera de religiosidade, sonho e mistério. Influenciado por Verlaine, também apresenta melancolia e ternura. A morte da amada é tema recorrente. Seus versos têm sonoridade e ritmo modernos.
"Kyriale" tem uma atmosfera densa e pesada, remete sempre à morte, ao dia de finados, desde as palavras escolhidas pelo poeta até o tom solene. Este é um traço do Romantismo Gótico, recuperado pelos simbolistas decadentes. Nas obras posteriores é a amada ausente quem aparece com freqüência. Portanto, seus temas preferidos eram amor e morte. Guimarães também foi tradutor de Haine e de poetas chineses, a partir do francês.
Parte da sua obra, pouco lida, foi publicada postumamente. "Septenário das Dores de Nossa Senhora", "Câmara Ardente" e "Dona Mística" (1899), "Kyriale" (1902), "Pauvre Lyre" (1921), "Pastoral dos Crentes do Amor e da Morte" (1923), "Poesias" (1938).
Era grande admirador de Cruz e Souza, tendo inclusive, viajado para o Rio de Janeiro, apenas para conhecê-lo. Fez parte do grupo simbolista de São Paulo e sua poesia é marcada pela espiritualidade, sendo considerado um poeta místico, porque sua obra apresenta uma atmosfera de religiosidade, sonho e mistério. Influenciado por Verlaine, também apresenta melancolia e ternura. A morte da amada é tema recorrente. Seus versos têm sonoridade e ritmo modernos.
"Kyriale" tem uma atmosfera densa e pesada, remete sempre à morte, ao dia de finados, desde as palavras escolhidas pelo poeta até o tom solene. Este é um traço do Romantismo Gótico, recuperado pelos simbolistas decadentes. Nas obras posteriores é a amada ausente quem aparece com freqüência. Portanto, seus temas preferidos eram amor e morte. Guimarães também foi tradutor de Haine e de poetas chineses, a partir do francês.
Parte da sua obra, pouco lida, foi publicada postumamente. "Septenário das Dores de Nossa Senhora", "Câmara Ardente" e "Dona Mística" (1899), "Kyriale" (1902), "Pauvre Lyre" (1921), "Pastoral dos Crentes do Amor e da Morte" (1923), "Poesias" (1938).
Fonte: www.coladaweb.com/
Questões sobre Simbolismo com gabarito
1) "Faz descer sobre mim os brandos véus da calma,
Sinfonia da Dor, ó Sinfonia muda,
Voz de todo meu Sonho, ó noiva da minh'alma,
Fantasma inspirador das Religiões de Buda."
A estrofe acima é de Cruz e Sousa, e nela estão os seguintes elementos típicos da poesia simbolista:
a) realidade urbana, linguagem coloquial, versos longos.
b) erotismo, sintaxe fluente e direta, ironia.
c) desprezo pela métrica, linguagem concretizante, sátira.
d) filosofia materialista, linguagem rebuscada, exotismo.
e) misticismo, linguagem solene, valorização do inconsciente.
2) Identifique os versos tipicamente simbolistas de Cruz e Sousa.
a) "Adeus! ó choça do monte!...
Adeus! palmeiras da fonte!...
Adeus! amores... adeus!..."
b)"Rei é Oxalá que nasceu sem se criar.
Rainha é Iemanjá que pariu Oxalá sem se manchar."
c)"Minhas idéias abstratas
De tanto as tocar, tornaram-se concretas.
São rosas familiares
Que o tempo traz ao alcance da mão."
d) "Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo."
e) "Nessa Amplidão das Amplidões austeras
chora o Sonho profundo das Esferas
que nas azuis Melancolias morre..."
3) Não é difícil classificar este poema como simbolista, já que:
a) busca a fantasia
b) exagera a realidade
c) é impessoal e impassível
d) apresenta-se direta e objetivamente
e) predominam nele a lógica e a razão.
4) Só um tema domina os versos do poeta: a morte da amada Constança, sua prima. Morre adolescente; eis o fantasma que o acompanha na maioria dos versos. Escreveu estas obras, exceto:
a) "Câmara Ardente"
b) "Dona Mística"
c) "Missal e Broquéis"
d) "Kiriale"
e) "A Escada de Jacó".
5) O poema pertence à escola:
a) neoclássica
b) romântica
c) realista
d) simbolista
e) moderna.
6) Também são de Alphonsus de Guimaraens estes versos famosos:
a) "Ó Formas alvas, brancas,
Formas claras de luares, de neves, de neblinas!..."
b) "Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar..."
c) "Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,..."
d) "Sonho que sou um cavaleiro andante
Por desertos, por sóis, por noite escura..."
e) "Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;"
7) OBSERVE:
"Os miseráveis, os rotos
São as flores dos esgotos
São espectros implacáveis
Os rotos, os miseráveis
São prantos negros de furnas
Caladas, mudas, soturnas."
(Cruz e Sousa)
( ) Este autor representou o Simbolismo no Brasil, propondo uma poesia pura não-racionalizada, explorando imagens e não conceitos.
( ) A poesia simbolista é hermética, misteriosa e despreza a poética racional.
( ) Cruz a Sousa, principal figura do movimento, era filho de escravos e, como tal, usou a escravidão e as injustiças como tema central de sua poética.
( ) Pela espiritualização contínua de sua poesia, tenta desfazer-se de todos os referenciais concretos, adotando para isso uma linguagem rebuscada e musical.
( ) O trecho anterior, pertencente a LITANIA DOS POBRES, tem o tom de denúncia social, apesar do idealismo platônico do autor e de sua tendência à espiritualização.
8) Assinale a alternativa que não se refere ao Simbolismo.
a) Na busca de uma linguagem exótica, colorida, musical, os autores não resistem, muitas vezes, à ideia de criar novos termos.
b) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico.
c) Há assuntos relacionados ao espiritual, místico, religioso.
d) Nota-se o emprego constante de aliterações e assonâncias.
e) Busca-se uma poesia formalmente perfeita, impassível e universalizante.
9) (PUC-Campinas)
"Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
.......................................................................................
Sutis palpitações à luz da lua.
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.
.......................................................................................
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas."
As estrofes anteriores, claramente representativas do_____ , não apresentam _____ .
Assinale a alternativa que completa corretamente AS DUAS lacunas anteriores.
a) Romantismo - sinestesia
b) Simbolismo - aliterações e assonâncias
c) Romantismo - musicalidade
d) Parnasianismo - metáforas e metonímias
e) Simbolismo - versos brancos e livres.
10) Subjetivismo, valorização do inconsciente e do subconsciente, busca do vago, do diáfano, musicalidade, sugestão são características da poesia:
a) romântica.
b) barroca.
c) árcade.
d) simbolista.
e) parnasiana.
11) "os poetas vivem em torres de ametista" - referência irônica aos poetas:
a) simbolistas
b) renascentistas
c) árcades
d) barrocos
e) parnasianos.
12) Assinale a alternativa em que aparece um trecho do Simbolismo brasileiro.
a) Vejo através da janela de meu trem
os domingos das cidadezinhas,
com meninas e moças,
e caixeiros e caixeiros engomados que vêm olhar
os passageiros empoeirados dos vagões.
b) E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente se fabrica,...
c) Ai! Se eu te visse no calor da sesta
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...
Ai! Se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos - palpitante o seio!
d) Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das normas cria, tortas e enfezadas.
e) Brancuras imortais da Lua Nova,
frios de nostalgia e sonolência...
Sonhos brancos da Lua e viva essência
dos fantasmas noctívagos da Cova.
13) Assinale a alternativa em que aparece um trecho do Simbolismo brasileiro.
16) Considere as seguintes afirmações sobre a poesia de Cruz e Sousa:
a) Vejo através da janela de meu trem
os domingos das cidadezinhas,
com meninas e moças,
e caixeiros e caixeiros engomados que vêm olhar
os passageiros empoeirados dos vagões.
b) E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente se fabrica,...
c) Ai! Se eu te visse no calor da sesta
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...
Ai! Se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos - palpitante o seio!
d) Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das normas cria, tortas e enfezadas.
e) Brancuras imortais da Lua Nova,
frios de nostalgia e sonolência...
Sonhos brancos da Lua e viva essência
dos fantasmas noctívagos da Cova.
14) Sobre o Simbolismo brasileiro é correto afirmar que
a) reelabora a fala popular carioca em curtos poemas de temática urbana repletos de elipses e trocadilhos bilíngues.
b) retoma a temática romântica com ânimo satírico e polêmico, inclusive parodiando trechos de romances do século XIX.
c) explora a mitologia greco-latina e episódios da história antiga da Europa em sonetos descritivos com chave-de-ouro.
d) explora a sugestividade dos sons da língua em poemas que reportam sensações indefinidas e sentimentos vagos.
e) reelabora a musicalidade dos vocábulos com experiências em que as palavras são segmentadas e a frase parte-se em fragmentos.
15) Assinale a opção cujos versos, pertencentes ao período simbolista, são reveladores de um de seus traços característicos:
a) "Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia
Mas há artes poéticas..."
b) "Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês mensal!"
c) "Velho vento vagabundo!
No teu rosnar sonolento
Leva ao longe este lamento
Além do escárnio do mundo."
d) "Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;"
e) "Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue:
acalma-o com teu beijo;"
I. Elementos de uma natureza imaginária são tomados para sugerir sensações e aspirações.
II. Ganham muita importância os efeitos musicais da melodização e do ritmo na elaboração dos versos.
III. A busca ansiada da transcendência mística é marca poderosa de seus versos.
Está correto o que se afirma
a) apenas em II.
b) apenas em I e II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III.
17) Leia as afirmações a seguir:
I - Misticismo, amor e morte caracterizam a obra de Alphonsus de Guimaraens.
II - A poesia de Cruz e Sousa apresenta aspectos ligados ao subjetivismo e angústia pessoal, evoluindo para posições mais universalizantes.
III - O Simbolismo nega o cientificismo, valorizando as manifestações metafísicas e espirituais.
Assinale:
a) se apenas I e III estiverem corretas.
b) se apenas I estiver correta.
c) se todas estiverem corretas.
d) se todas estiverem incorretas.
e) se apenas III estiver correta.
18) ACROBATA DA DOR
Cruz e Sousa
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado,
De uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita os guizos, e convulsionado
Salta gavroche, salta clown, varado
Pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d'aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
Afogado em teu sangue estuoso e quente
Ri! Coração, tristíssimo palhaço.
____________
gavroche: garoto: clown: palhaço
Considere as seguintes afirmações em relação ao poema de Cruz e Sousa.
I - Trata-se de poema simbolista que não expressa nitidamente as emoções representadas, o que é incompatível com a forma do soneto.
II - Os poetas do Simbolismo, incapazes de captarem as sensações e os sentimentos humanos em sua real dimensão, apelavam para imagens obscuras.
III - O poema mistura em tom veemente imagens contraditórias de riso e dor, utilizando em diferentes metáforas a imagem do palhaço.
Quais estão corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
19) Elevação espiritual, amplo emprego de sinestesias e criação de paisagens oníricas estão na base da poesia do autor de
a) ESPUMAS FLUTUANTES.
b) SEGUNDOS CANTOS.
c) LIRA DOS VINTE ANOS.
d) BROQUÉIS.
e) PRIMAVERAS.
20) Para as estrelas de cristais gelados
as ânsias e os desejos vão subindo,
galgando azuis e siderais noivados
de nuvens brancas a amplidão vestindo.
Na estrofe anterior, note-se a ânsia de infinitude, o clima de sonho, a sublimação dos desejos, o movimento ascensional, a exploração simbólica do branco. São características da poesia de
a) Olavo Bilac.
b) Gonçalves Dias.
c) Cruz e Sousa.
d) Fagundes Varela.
e) Casimiro de Abreu.
21) "O Assinalado"
Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.
Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu'alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.
Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco ...
Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!
O poema acima encontra-se na obra "Últimos sonetos", de Cruz e Sousa, poeta cujo centenário de morte foi comemorado em 1998. Leia as afirmativas seguintes acerca do poema e assinale a opção CORRETA.
I - Ocorre hipérbole no verso 4; anáfora, nos versos 5 e 6; antítese, no verso 9; sinestesia, nos versos13-14.
II - O poeta é considerado um ser diferente cuja alma, mesmo algemada à Terra, rebenta "em estrelas de ternura".
III - O uso da letra maiúscula em substantivos comuns singulariza-os e empresta-lhes uma dimensão simbólica.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
22) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
(I) Barroco
(II) Arcadismo
(III) Romantismo
(IV) Parnasianismo
(V) Simbolismo
( ) "Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a e não queirais, Pastor Divino,
Perder na Vossa ovelha a Vossa glória"
(Gregório de Matos)
( ) "Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que exalas de suspiros, bebo atento!"
(Castro Alves)
( ) "Brandas ribeiras, quanto estou contente
De ver-vos outra vez, se isto é verdade!
Quanto me alegra ouvir a suavidade,
Com que Fílis entoa a voz candente!"
(Cláudio Manuel da Costa)
( ) "Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada."
(Alberto de Oliveira)
Assinale a seqüência correta.
a) I, III, II, IV
b) I, II, III, V
c) II, III, IV, V
d) IV, I, V, III
e) IV, I, II, III
23) (UFPR) "Broquéis", obra de Cruz e Sousa que inaugura histórica e esteticamente o Simbolismo no Brasil (1893), é marcante pela exploração das virtualidades da palavra. Um de seus poemas é "Sinfonias do Ocaso":
Musselinosas como brumas diurnas
Descem do ocaso as sombras harmoniosas,
Sombras veladas e musselinosas
Para as profundas solidões noturnas.
Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
Os céus resplendem de sidéreas rosas,
Da Lua e das Estrelas majestosas
Iluminando a escuridão das furnas.
Ah! por estes sinfônicos ocasos
A terra exala aromas de áureos vasos.
Incensos de turíbulos divinos.
Os plenilúnios mórbidos vaporam...
E como que no Azul plangem e choram
Cítaras, harpas, bandolins, violinos...
Neste poema, estão presentes aspectos recorrentes na estética simbolista, como
01) intuição, musicalidade e espiritualidade.
02) tentativa de superação no transcendental e no místico, e culto da imprecisão.
04) sondagem da realidade oculta das coisas, sugestão e harmonia.
08) emprego de palavras raras e expressivas, e exploração da musicalidade das palavras.
16) valorização do gosto burguês, nacionalismo e impressionismo na linguagem.
24) Leia o poema "Siderações", de Cruz e Souza.
Para as estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados,
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de visões levanta...
E as ânsias e desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da eternidade que nos astros canta...
A respeito do poema, é correto afirmar que
a) o poeta idealiza seus desejos, projetando-os para uma instância inatingível.
b) o poema emprega descrições nítidas que garantem uma compreensão exata dos versos.
c) o poeta expõe a sua avaliação sobre a realidade objetiva, utilizando imagens da natureza em linguagem precisa e direta.
d) o poema, em forma de epigrama, traduz uma visão materialista do amor e da sensualidade.
e) se trata da descrição de fantasias e alucinações apresentadas nos moldes de ficção científica.
25) Com base na leitura de "Broquéis", de Cruz e Sousa, é INCORRETO afirmar que se trata de uma poesia
a) de tendência naturalista, que se compraz na descrição mórbida dos sentimentos, embora mostre otimismo em relação ao homem.
b) próxima da música, não apenas no plano temático, mas, sobretudo, no trabalho detalhista da sonoridade.
c) abstrata, pois se afasta de situações cotidianas e, além disso, exprime um intenso sentimento de dor e de angústia.
d) de atmosfera intensamente misteriosa, criada pelo forte impulso de transfiguração da realidade imediata.
26) Leia o fragmento a seguir do poema "Evocações" de Alphonsus de Guimaraens:
"Na primavera que era a derradeira,
Mãos estendidas a pedir esmola
Da estrada fui postar-me à beira.
Brilhava o sol e o arco-íris era a estola
Maravilhosamente no ar suspensa"
Como se sabe, Alphonsus de Guimaraens é tido como um dos mais importantes representantes do Simbolismo no Brasil. No fragmento acima, pode-se destacar a seguinte característica da escola à qual pertence:
a) bucolismo, que se caracteriza pela participação ativa da natureza nas ações narradas.
b) intensa movimentação e alta tensão dramática.
c) concretismo e realismo nas descrições.
d) foco no instante, na cena particular e na impressão que causa.
e) tom poético melancólico, apresentando a natureza como cúmplice na tristeza.
27) Como escola literária, o Simbolismo:
( ) apresenta-se como uma estética oposta à poesia objetiva, plástica e descritiva, praticada pelo Parnasianismo, e como uma recusa aos valores burgueses.
( ) define-se pelo antiintelectualismo e mergulha no irracional, descobrindo um mundo estranho de associações, de idéias e sensações.
( ) propõe uma poesia pura, hermética e misteriosa, que usa imagens, e não conceitos.
( ) foi um movimento de grande receptividade e repercussão junto ao público brasileiro.
( ) revolucionou a poesia da época, com o uso de versos livres e de uma temática materialista.
28) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do Simbolismo:
a) Utiliza o valor sugestivo da música e da cor.
b) Dá ênfase à imaginação e à fantasia.
c) Procura a representação da realidade do subconsciente.
d) É uma atitude objetiva, em oposição ao subjetivismo dos parnasianos.
e) No Brasil, produziu, entre outras, a poesia de Cruz e Sousa e, em Portugal, a de Antônio Nobre.
29) Morte e _________ são temas presentes tanto na poesia de _________ quanto na de _________, considerados as duas principais matrizes do _________ no Brasil, movimento do final do século XIX, de inspiração francesa.
As lacunas podem ser correta e respectivamente preenchidas por:
a) mitologia - Cruz e Souza - Eduardo Guimaraens - Parnasianismo
b) melancolia - Alphonsus de Guimaraens - Raimundo Correa - Simbolismo
c) religiosidade - Cruz e Souza - Alphonsus de Guimaraens - Simbolismo
d) amor - Olavo Bilac - Raimundo Correa - Parnasianismo
e) natureza - Cruz e Souza - Eduardo Guimaraens - Simbolismo.
30) Das alternativas abaixo, indique a que não se aplica ao Simbolismo:
a) Procura evocar a realidade e não descrevê-la minuciosamente.
b) O poeta evita que os sentimentos interfiram na abordagem da realidade.
c) O valor musical dos signos lingüísticos é um efeito procurado pelos poetas.
d) O simbolismo mantém ligações com a poética romântica.
e) O tema da morte é valorizado pelos simbolistas.
31) (ESAPP-modificado) Assinale a única afirmação coerente com as características do movimento simbolista:
a) Algumas obras são bastante herméticas, justificando a referencia a um estilo “nefelibata”, pela obscuridade nebulosa, consistindo não poucas vezes em uma linguagem de compreensão extremamente difícil.
b) Evita radicalmente a abordagem de paisagens desoladamente esfumaçada, de visões esgarçadas, de um estilo etéreo e de um penumbrismo no ambiente.
c) Nas obras há um predomínio dos fatos fisiológicos, que não de fatos de ordem espiritual e transcendente, mas apenas manifestações da matéria.
d) Preferência pelos assuntos da época, marcadamente as questões sociais, como a abolição da escravatura.
e) Exacerbado sentimento da natureza, que se revela especialmente quanto à apresentação do indígena e das riquezas naturais, como florestas, rios e fauna.
32) (PUC) No poema de Cruz e Sousa, ocorre o predomínio das seguintes características:
a) inovações, simultaneidade de traços, dinamicidade, ausência de seqüência temporal e descritor-observador.
b) Explicações, seqüência de traços, estaticidade, seqüência temporal e narrador-personagem.
c) Explicações, seqüência de traços, dinamicidade, ausência de conflito narrativo e ausência de narrador.
d) Invocações, concomitância de traços, estaticidade, ausência de conflito narrativo e ausência de narrador.
e) Invocações, concomitância de traços, estaticidade, seqüência temporal e descritor-observador.
33) O simbolismo caracterizou-se por ser:
a) positivista, naturalista, cientificista;
b) antipositivista, antinaturalista, anticientificista;
c) objetivo – racional;
d) uma volta aos modelos greco-latinos;
e) subjetivista – materialista.
34) (UNID – SP) Não corresponde ao Simbolismo a afirmativa:
a) No Brasil, o Simbolismo começa em 1893 com a publicação de Missal e Broquéis, ambos de Cruz e Souza.
b) Olavo Bilac, um dos poetas mais festejados do período, escreveu o poema formal Profissão de fé.
c) Os versos “Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas...” fazem parte do poema “Violões que choram”.
d) O autor mais representativo desse movimento – Cruz e Souza – também é chamado de Cisne Negro.
e) Alphonsus de Guimarães é o autor de Ismália.
35) - Leia atentamente os textos a seguir:
I- Quando será que tantas almas duras
Em tudo, já libertas, já lavadas
Nas águas imortais, iluminadas
Do sol do amor, hão de ficar bem puras?
Quando será que as límpidas frescuras
Dos claros rios de ondas estreladas
Dos céus do bem, hão de deixar clareadas
Almas vis, almas vãs, almas escuras?
(Cruz e Souza. POESIAS COMPLETAS. São Paulo, Ediouro, s/d, p.93.)
II- "Não acredito em bicho maligno mas besouro, não sei não. Olhe o que sucedeu com a Rosa... Dezoito anos. E não sabia que os tinha. Ninguém reparara nisso. Nem dona Carlotinha, nem dona Ana, entretanto já velhuscas e solteironas, ambas quarenta e muito. Rosa viera pra companhia delas aos sete anos quando lhe morreu a mãe. Morreu ou deu a filha que é a mesma coisa que morrer."
(OS MELHORES CONTOS DE MARIO DE ANDRADE. São Paulo, Global, 1988, p.17.)
Em relação aos fragmentos apresentados, assinale com V as proposições verdadeiras e com F as falsas.
( ) Por suas características estilísticas, os versos de Cruz e Souza pertencem ao Simbolismo e o texto de Mário de Andrade, ao Modernismo.
( ) O Simbolismo brasileiro apresenta conteúdo carregado de mistério, misticismo, sonoridade e espiritualidade.
( ) No Simbolismo o lirismo é altamente objetivo, apresentando cunho político-social.
( ) Os textos do Modernismo apresentam, além de linguagem cotidiana e dinâmica, frases despojadas.
A alternativa que apresenta seqüência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) V, F, F, V
b) V, V, F, F
c) V, V, F, V
d) F, F, V, V
e) V, F, V, V
36) (Cescem) - "É, mais pedras, mais pedras se sobreporão às pedras já acumuladas, mais pedras, mais pedras, mais pedras... Pedras destas odiosas, caricatas e fatigantes civilizações e sociedades... E as estranhas paredes hão de subir - longas, negras, terríficas! Hão de subir, subir mudas, silenciosas, até às Estrelas, deixando-te para sempre perdidamente alucinado e emparedado dentro do teu Sonho..."
É comum, durante o Simbolismo, a criação de textos como o acima transcrito. Com base nesse excerto de Cruz e Souza podemos dizer que se trata de:
a) uma crônica historiográfica.
b) uma tragédia em moldes clássicos.
c) um romance em que predomina a descrição
d) um poema em prosa.
e) uma sátira aos costumes.
37) (Cescem) - "É, mais pedras, mais pedras se sobreporão às pedras já acumuladas, mais pedras, mais pedras, mais pedras... Pedras destas odiosas, caricatas e fatigantes civilizações e sociedades... E as estranhas paredes hão de subir - longas, negras, terríficas! Hão de subir, subir mudas, silenciosas, até às Estrelas, deixando-te para sempre perdidamente alucinado e emparedado dentro do teu Sonho..."
É comum, durante o Simbolismo, a criação de textos como o acima transcrito. Com base nesse excerto de Cruz e Souza podemos dizer que se trata de:
a) uma crônica historiográfica.
b) uma tragédia em moldes clássicos.
c) um romance em que predomina a descrição
d) um poema em prosa.
e) uma sátira aos costumes.
38) (FUVEST - SP)
A) Em que século e em que movimento literário se situa a obra de Camilo Pessanha?
B) Dê razões que permitam situar sua obra nesse movimento.
39) (Mackenzie)
Chorai, arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas
Pontes aladas
De pesadelo ...
Trêmulos astros...
Soidões* lacustres...
- Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
soidões – solidões.
Camilo Pessanha
Assinale a alternativa correta sobre o texto.
a) Destaca a expressão egocêntrica do sofrimento amoroso, de nítida influência romântica.
b) Recupera da lírica trovadoresca a redondilha maior, a estrutura paralelística e os versos brancos.
c) A influência do Futurismo italiano é comprovada pela presença de frases nominais curtas e temática onírica.
d) A linguagem grandiloquente, as metáforas cósmicas e o pessimismo exacerbado comprovam o estilo condoreiro.
e) A valorização de recursos estilísticos relacionados ao ritmo e à sonoridade é índice do estilo simbolista.
40) (Enem 2009) Cárcere das almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.
Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são
a) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
b) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
c) o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
d) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras.
e) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano
Gabarito:
1) E 2) E 3) A 4) C 5) D 6) B 7) V V F V V 8) E 9) E 10) D 11) A 12 E
13) E 14) D 15) C 16) E 17) C 18) C 19) D 20) C 21) E 22) A 23) 15
13) E 14) D 15) C 16) E 17) C 18) C 19) D 20) C 21) E 22) A 23) 15
24) A 25) A 26) D 27) V V V F F 28) D 29) C 30) B 31) A 32) A 33) B
34) B 35) C 36) A 37) C
38) a)Século XIX, Se situa no Simbolismo.
b) utilização da técnica impressionista, na imagem visual e sonora, com a finalidade de sugerir sensações e convidar o leitor a interpretar estados de alma, sem nunca se deter “na descrição que levaria à objectividade.
39) E 40) C
Nenhum comentário:
Postar um comentário