1) (Unitau) – “Certas instituições encontram sua
autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso
reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de
sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são
punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa
Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não
de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os
homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane.”
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane.”
Em:
I – CERTAS instituições encontram sua
autoridade na palavra divina.
II – Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.
II – Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.
As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e
semântico (significado)
a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de
“algumas” em I e “corretas” em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de “muitas” em I e “íntegras” em II.
c) advérbio em I e II, com significado de “algumas” em I e “algumas” em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de “algumas” em I e “íntegras” em II.
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de “poucas” em I e “poucas” em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de “muitas” em I e “íntegras” em II.
c) advérbio em I e II, com significado de “algumas” em I e “algumas” em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de “algumas” em I e “íntegras” em II.
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de “poucas” em I e “poucas” em II.
2) (FAAP ) – SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Na segunda estrofe há dois adjetivos:
a) calma e vento
b) olhos e chama
c) última e imóvel
d) paixão e pressentimento
e) momento e drama
b) olhos e chama
c) última e imóvel
d) paixão e pressentimento
e) momento e drama
3) (Uelondrina ) – Assinale a alternativa
que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Elas ficaram …… impressionadas com seus poderes …… .
a) meio – supra-sensoriais
b) meias – supras-sensoriais
c) meio – supras-sensoriais
d) meias – supra-sensorial
e) meio – supra-sensorial
b) meias – supras-sensoriais
c) meio – supras-sensoriais
d) meias – supra-sensorial
e) meio – supra-sensorial
4) (PucMG) – Assinale a alternativa em que a
mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança
de sentido do enunciado.
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. / Belo Horizonte
já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército. / MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior. / Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. / Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. / Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.
b) Filho MEU não irá para o exército. / MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior. / Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. / Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. / Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.
5) (Cesgranrio) – O NOVO PLANETA DOS HOMENS
1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca
apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação
feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos.
O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa
“revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70,
impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise
das conseqüências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da
sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões
liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações
profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto
preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: “É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos.” Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um “novo homem”. Para o homem, abordar o terreno feminino é “desvirilizante”, ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto “é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada”.
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: “O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente”, diz o escritor Sérgio Sant’Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, “as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores”. Mas adverte: “Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas.”
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: “Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (…) mas é sujeito de seu próprio desejo.” Mas tudo isso não esconde uma mágoa: “(…) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre.”
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: “O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher.”
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: “É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos.” Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um “novo homem”. Para o homem, abordar o terreno feminino é “desvirilizante”, ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto “é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada”.
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: “O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente”, diz o escritor Sérgio Sant’Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, “as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores”. Mas adverte: “Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas.”
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: “Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (…) mas é sujeito de seu próprio desejo.” Mas tudo isso não esconde uma mágoa: “(…) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre.”
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: “O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher.”
Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação
nominal de gênero ou de número?
a) homem – mulher: Substantivos que indicam oposição
semântica de sexo através de vocábulos distintos.
b) jornalista – amante: Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO – a moça ALEMÃ: Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio – friíssimo: Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor – beija-flor: Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.
b) jornalista – amante: Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO – a moça ALEMÃ: Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio – friíssimo: Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor – beija-flor: Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.
GABARITO DOS
EXERCÍCIOS
1-D, 2-C, 3-A, 4-A,
5-C
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