domingo, 22 de abril de 2018

Impressionismo na literatura (questões com gabarito)


Resultado de imagem para o ateneu01. Só não notamos a presença do  impressionismo quando o autor:
a) retrata a verdade de um dado momento, justapondo idéias várias;
b) dá mais ênfase às emoções sentimentos e atitudes individuais do que aos fatos em si;
c) usa uma linguagem expressiva, suprimindo conjunções e liberando as frases;
d) procura retratar fielmente a realidade, detendo-se em minuciosa descrição;
e) inventa e interpreta uma paisagem imprecisa.
02. Assinale o que não se refere ao Impressionismo:
a) é considerado um produto do Realismo-Naturalismo, no seu início, e do Simbolismo no outro extremo;
b) o mais importante é o instantâneo e único, tal como aparece ao olho do observador;
c) não relatar os objetos, mas sim as sensações e emoções que es despertam;
d) transfere o registro das reações externas para o das relações internas, isto é, das impressões despertadas no espírito pelo contato com as coisas, cenas, paisagens ou pessoas;
e) reproduz a realidade de maneira impessoal, minuciosa.
As questões de números 03 a 05 referem-se ao texto seguinte:
EU, O INTERNATO E O DIRETOR
Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem, Não só as condecorações gritavam-lhe do peito como uma couraça de grilos: Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio. Os gestos, calmos, soberanos, eram de um rei – o autocrata excelso dos silabários; a pausa hierática do andar deixava sentir o esforço, a cada passo, que e fazia para levar adiante, de empurrão, o progresso do ensino público; o olhar fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de monstro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes – era a educação da inteligência; o queixo, severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas – era a educação mora. A própria estatura, na imobilidade do gesto, na mudez do vulto, a simples estatura dizia dele: aqui está um grande homem… não vêem os côvados de Golias?!… Retorça-se sobre tudo isto um par de bigodes, volutas maciças de fios alvos, torneadas a capricho, cobrindo os lábios, fecho de prata sobre o silencio de ouro, que tão  belamente impunha como o retraimento fecundo do seu espírito teremos esboçado moralmente, materialmente, o perfil do ilustre diretor. Em suma, um personagem que, ao primeiro exame, produzia nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade atroz e estranha: a obsessão da própria estátua. Como tardasse a estátua, Aristarco inteiramente satisfazia-se com a afluência dos estudantes ricos para o seu instituto.
03. Assinale a afirmativa que não serve como característica do Impressionismo:
a) Não as coisas, mas a sensações das coisas.
b) O artista procura captar o momento. Estio profundamente sensorial.
c) O que interessa é a relação interna provocada na mente do artista.
d) O momento vivido é expresso tal como é visto num momento dado.
e) Predomínio da denotação.
04. Indique a letra onde não se vê característica de estilo impressionista e, por conseguinte, não se nota no texto:
a) Valorização da cor.
b) Predomínio das sensações.
c) Metáforas e comparações em profusão.
d) Riqueza de imagens.
e) Uso de aliterações, assonâncias, coliterações.
05. Assinale no texto a passagem onde melhor se elucida o Impressionismo:
a) “Não só as condecorações gritavam-lhe do peito como uma couraça de grilos: Ateneu, Ateneu!”
b) “Aristarco todo era um anúncio”
c) “Os gestos calmos, soberanos, eram de um rei – autocrata excelso dos silabários.”
d) “O olhar fulgurante sob a crispação áspera dos supercílios de monstro japonês.”
e) “Reforça-se sobre tudo isto um par de bigodes, volutas maciças de fios avos.”
As questões de números 06 a 10 referem-se ao texto seguinte:
EU, O INTERNATO E O DIRETOR
Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem, Não só as condecorações gritavam-lhe do peito como uma couraça de grilos: Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio. Os gestos, calmos, soberanos, eram de um rei – o autocrata excelso dos silabários; a pausa hierática do andar deixava sentir o esforço, a cada passo, que e fazia para levar adiante, de empurrão, o progresso do ensino público; o olhar fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de monstro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes – era a educação da inteligência; o queixo, severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas – era a educação mora. A própria estatura, na imobilidade do gesto, na mudez do vulto, a simples estatura dizia dele: aqui está um grande homem… não vêem os côvados de Golias?!… Retorça-se sobre tudo isto um par de bigodes, volutas maciças de fios alvos, torneadas a capricho, cobrindo os lábios, fecho de prata sobre o silencio de ouro, que tão  belamente impunha como o retraimento fecundo do seu espírito teremos esboçado moralmente, materialmente, o perfil do ilustre diretor. Em suma, um personagem que, ao primeiro exame, produzia nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade atroz e estranha: a obsessão da própria estátua. Como tardasse a estátua, Aristarco inteiramente satisfazia-se com a afluência dos estudantes ricos para o seu instituto.
06. O escritor impressionista parte da observação visual externa e projeta a sua visão interna da coisa descrita. Mostre onde isso não ocorre:
a) “Aristarco era um anúncio.”
b) “O olhar… era a educação da inteligência.”
c) “O queixo… era a educação mora.”
d) “A própria estátua… aqui está um grande homem.”
e) “Reforça-se… um par de bigodes…o perfil do ilustre diretor.”
07. Uma característica do Impressionismo de Raul Pompéia está em ver as coisas apenas de um ângulo: o da caricatura, com alguma dose de ironia. Nas descrições de Aristarco, onde não vemos esta nota:
a) “Autocrata excelso dos silabários.”
b) “O olhar fulgurante.”
c) “Aqui está um grande homem.”
d) “Não vêem os côvados de Golias?!”
e) “Como tardasse a estátua…”
08. Onde o autor melhor descreve Aristarco, levando-se em conta a idéia que o autor quer dar ao leito da personagem?
a) “Aristaco todo era um anúncio.”
b) “Os gestos…eram de um rei.”
c) “A pausa hierática do andar.”
d) “Não vêem os côvados de Golias?!”
e) “A obsessão da própria estátua.”
09. O autor, descrevendo Aristarco, elegeu o plano:
a) metafórico;
b) metanímico;
c) anafórico;
d) paralelístico;
e) hiperbólico.
10. Assinale a letra onde se notam os nomes dos representantes máximos do Impressionismo brasileiro, além de Raul Pompéia:
a) Tasso da Silveira, Aluísio Azevedo.
b) Guimarães Rosa, Cecília Meireles.
c) Graça Aranha, Adelino Magalhães.
d) Mário de Andrade, João Cabral de Melo Neto.
e) Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida.

Respostas:
01. D02. E03. E04. E
05. D06. E07. B08. A
09. E10. C

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Lista de exercícios do livro Iracema de José de Alencar (com gabarito)


Resultado de imagem para iracemaIracema – José de Alencar
1. (Upf 2015)  Sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar que:
a) apresenta um narrador onisciente, em terceira pessoa.  
b) incorpora inúmeros termos indígenas, com o intuito de forjar uma língua literária nacional.  
c) simboliza o consórcio do português e do indígena na formação da nação brasileira.  
d) possui, como argumento histórico, fatos relacionados ao estado de Pernambuco, terra natal do autor.  
e) vale-se da prosa poética na representação do espaço e das personagens.  

2. (Uespi 2012)  Romance escrito em 1865, Iracema, de José de Alencar, aborda fatos e feitos da colonização portuguesa no Brasil. Sobre esta obra, é correto afirmar que:
a) a estória se passa no século XVI, durante a exploração portuguesa no Amazonas.  
b) a principal característica deste romance é que parte dele é escrito em prosa, outra parte em versos.  
c) apesar de ser um romance indigenista, Iracema também aborda com ênfase a questão da escravidão negra no Brasil.  
d) Iracema é descrita por Alencar como virgem dos lábios de mel, com cabelos mais negros que a asa da graúna.  
e) a principal característica de Iracema é a objetividade da narrativa, que exclui qualquer traço lírico ou subjetivo.  

3. (Fuvest 2011)  Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede.
                “....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.Machado de Assis, Crítica.

No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema:
a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim.  
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim.  
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi  
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti.  
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.

4. (Ita 2011)  Acerca da protagonista do romance Iracema, de José Alencar, pode-se dizer que
I. é uma heroína romântica, tanto por sua proximidade com a natureza, quanto por agir em nome do amor, a ponto de romper com a sua própria tribo e se entregar a Martim.
II. é uma personagem integrada à natureza, mas que se corrompe moralmente depois que se apaixona por um homem branco civilizado e se entrega a ele.
III. possui grande beleza física, descrita com elementos da natureza, o que faz da personagem uma representação do Brasil pré-colonizado.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.   
b) apenas I e II.   
c) apenas I e III.  
d) apenas II e III.   
e) todas.

5. (Ufrgs 2007)  No capítulo XXVI do romance "Iracema", de José de Alencar, Martim decide acompanhar Poti, que volta à nação pitiguara, onde nascera, para defendê-la do ataque de povos inimigos. Antes da partida, os dois "irmãos" confabulam para decidir se Iracema deve acompanhá-los, ou não, à taba dos pitiguaras.
Com relação à sequência dos episódios relatados acima, considere as alternativas que seguem e assinale a que está de acordo com o romance de Alencar.
a) Martim e Poti decidem partir sem falar com Iracema, pois as lágrimas dela poderiam 'amolecer' seus corações e fazê-los desistir da viagem.  
b) Poti convence Martim a acompanhá-loà taba dos pitiguaras para ajudar os irmãos de Iracema atacados por povos inimigos.  
c) Martim e Poti deixam fincada, no tronco de uma árvore, uma mensagem cifrada para Iracema.  
d) Iracema, contrariando o pedido de Martim, abandona a cabana e vai atrás dele, embrenhando-se na floresta.  
e) Ao ver a seta emplumada trespassando o 'goiamun', Iracema conclui que Martim e Poti haviam partido para a caça.  

6. (Pucsp 2007)  Considere os dois fragmentos extraídos de "IRACEMA", de José de Alencar.
I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?

Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta
a) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil.  
b) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor estrangeiro.  
c) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra.  
d) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo.  
e) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.

TEXTO PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES
Quanto mais seu passo o aproxima da cabana, mais lento se torna e pesado. Tem medo de chegar; e sente que sua alma vai sofrer, quando os olhos tristes e magoados da esposa entrarem nela.
                Há muito que a palavra desertou seu lábio seco; o amigo respeita este silêncio, que ele bem entende. É o silêncio do rio quando passa nos lugares profundos e sombrios.
                Tanto que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do cão a chamá-los e o grito da ará, que se lamentava. Estavam mui próximos à cabana, apenas oculta por uma língua de mato. O cristão parou calcando a mão no peito para sofrear o coração, que saltava como o poraquê.
                - O latido de Japi é de alegria, disse o chefe.
                - Porque chegou; mas a voz da jandaia é de tristeza. Achará o guerreiro ausente a paz no seio da esposa solitária, ou terá a saudade matado em suas entranhas o fruto do amor?
                O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram sentada, à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço, e o cão a brincar. Seu coração o arrojou de um ímpeto, e a alma lhe estalou nos lábios:
                - Iracema!...
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p. 86.

 7. (Fgv 2007)  A respeito do romance "Iracema", pode-se dizer que:
a) É classificado como um dos romances regionalistas do autor.  
b) É lídimo representante do Arcadismo, ainda que regionalmente deslocado.  
c) Sua personagem Iracema é abandonada pelo amado, que jamais retorna.  
d) Não introduz o Romantismo no Brasil, mas é um de seus representantes de maior vulto.  
e) Iracema falece depois de seu amado.

8. (Fgv 2007)  Assinale a alternativa correta em relação ao romance.
a) Seu autor escreveu também "A Moreninha".  
b) Nele, não se ressaltam valores culturais, apenas políticos.  
c) O irmão de Iracema é o legendário índio Peri.  
d) A natureza não passa de pano de fundo da narrativa.  
e) É narrado, em terceira pessoa, por um narrador onisciente.  

9. (Ufrgs 2006)  No capítulo XV do romance "Iracema", de José de Alencar, Iracema e Martim tornam-se, efetivamente, marido e mulher.
Em relação a esse episódio, é correto afirmar que
a) a união se dá enquanto o velho pajé dorme profundamente na cabana.  
b) Martim possui Iracema sob os efeitos do vinho de Tupã.  
c) Martim não resiste à paixão por Iracema e decide possuí-la, enquanto Araquém se ausenta da cabana.  
d) Iracema se arrepende pela perda de sua virgindade e corre para banhar-se no rio a fim de purificar-se do pecado.  
e) os dois amantes são flagrados pelo pajé, que os expulsa imediatamente da taba.  

10. (Ufrn 2003)  O trecho seguinte pertence ao romance "Iracema" (1865), de José de Alencar:
Refresca o vento.
O rulo das vagas precipita. O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte. Abre-se a imensidade dos mares; e a borrasca enverga, como o condor, as foscas asas sobre o abismo.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas auras; e para ti jaspeie a bonança mares de leite!
                ALENCAR, J.M. de. "Iracema". Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 22-23. (Coleção L&PM Pocket)

Gabarito


  1. D
  2. D
  3. E
  4. E
  5. A
  6. A
  7. D
  8. E
  9. B
  10. B

Atividade de interpretação de texto para o 1º ano 20/02/2020

Leia: Os diamantes Um casal de índios vivia, juntamente com sua tribo, à beira de um rio da região Centro-Oeste. Ele, um guerreiro pod...